No desejo de mudar os cabelos, algumas pessoas acabam misturando diversos tipos de químicas nos fios. Porém, algumas delas não são compatíveis umas com as outras e isso pode trazer sérios riscos aos fios.

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“A maioria das químicas são compatíveis, mas depende do estado de tratamento do cabelo. Quanto mais ressecados, menos químicas podem ser feitas. Normalmente, reflexo com relaxamento não são compatíveis, mas podem ser feitos”, explica Marcela Lippi, hair stylist do Studio Tez e especialista em terapia capilar pela Academia Brasileira de Tricologia.

Cuidado redobrado

O maior problema da coloração com outras químicas acontece porque descolorir o cabelo deixa os fios muito fracos. “A falta de cuidado irá fazer com que o cabelo fique ressecado e com desbotamento. É muito importante compreender que, para ter cores vibrantes, temos uma química por trás da cor, então, muito tratamento, sempre”, explica a visagista Lilian Gonçalves.

É necessário ter consciência de que certas químicas realmente não devem ser misturadas com a coloração. Segundo a hair stylist Eliane Pavini, o alisamento permanente feito com tioglicolato de amônia, por exemplo, é bem prejudicial para o cabelo, pois, dependendo da concentração do produto, pode levar a uma quebra química dos fios.

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Segure a empolgação

Sabe aquele dia em que a gente acorda querendo mudar o cabelo? Pode até parecer mais prático cortar, pintar e fazer progressiva no mesmo dia. No entanto, é melhor ir com calma. Por mais que o cabelo esteja forte e bem hidratado, é um risco que você pode evitar.

“A progressiva tem um PH muito baixo e, para as cores vibrantes, é necessário a descoloração com um PH muito alto. Já com o relaxamento, como o fio muda fazendo uma química forte, pode ocorrer uma quebra química. Então, elas não podem ser feitas no mesmo dia”, alerta Marcela Lippi.

Efeitos da mistura de químicas

Uma química não necessariamente elimina a outra, mas é necessário ter cuidado redobrado e consciência de que uma pode interferir no resultado da outra. “Hoje em dia, quando a pessoa faz progressiva, dependendo do produto usado, em muitos casos, a coloração nem penetra nos fios do cabelo, porque a progressiva faz uma camada protetora nos fios”, explica Eliane Pavini.

De acordo com a hairstylist, no caso de um relaxamento, feito com o tioglicolato de amônia, é mais indicado fazer uma coloração semipermanente. Nesse caso, ela sugere utilizar uma semicolor sem amônia.

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Manutenção da química

Se você gosta de pintar o cabelo com frequência e costuma fazer outros tipos de químicas, é preciso manter alguns cuidados com os fios além dos tratamentos feitos no salão – inclusive, no momento de escovar e fazer chapinha em casa.

“Sempre usar bons produtos, começar com uma boa lavagem e sempre aplicar algum protetor térmico, assim essa película formada pelo produto ajuda a proteger o fio”, recomenda Marcela Lippi, especialista em terapia capilar pela Academia Brasileira de Tricologia.

Utilize os produtos corretos

Também é importante usar xampu e condicionador adequados para o seu tipo de cabelo. “Deve ser um xampu que faz uma limpeza suave e que fortaleça a fibra do cabelo, hidratando e protegendo os fios da quebra”, indica Eliane Pavine.

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Segundo ela, o ideal é que este produto proteja a fibra capilar e evite que o cabelo embarace na hora de pentear. “Deve ter também queratina, que protege a estrutura do fio, e vitamina B5, que penetra na profundidade do fio do cabelo, recolhe a umidade e dá brilho no cabelo”, recomenda a hair stylist. A profissional acrescenta que os mesmos princípios ativos do xampu também devem estar presentes no condicionador para proteger os fios.

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Faça do jeito certo

O jeito mais seguro de mudar o visual é sempre conversar com o profissional que vai cuidar do seu cabelo, falar sobre as químicas que você possui nos fios e juntos decidirem o que poderá ser feito. “Após a coloração, uma semana depois, é ideal fazer uma hidratação profissional”, sugere a hair stylist Eliane Pavine.

Para evitar o ressecamento, ela recomenda cortar as pontas dos cabelos a cada dois ou três meses, no máximo, além de realizar hidratar os fios no salão de beleza e em casa, com produtos próprios para o tipo de cabelo e sempre avaliados por um profissional.

Por Matilde Freitas

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