O delegado Halisson Ideião Leite, do 1º DP de Guarulhos, descreveu Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, como uma “serial killer” que demonstra “frieza” e que tem “prazer em matar”. A estudante de Direito é investigada por suspeita de matar pelo menos quatro pessoas envenenadas em São Paulo e no Rio de Janeiro nos últimos 5 meses.
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— Ela demonstra frieza, ausência de remorso e um prazer evidente, não só em cometer o crime, mas em permanecer ao redor dele, em ver o impacto do que fez. É alguém que parece se alimentar da sensação de enganar, de manipular e de estar no controle. Tivemos que entender essa mente criminosa para poder desmontar o jogo dela, e isso exigiu muita técnica, paciência e sangue-frio da equipe — disse Leite.
O delegado contou, em entrevista ao Fantástico exibida nesta domingo (12), que Ana Paula usava diferentes estratégias para se aproximar das vítimas e, em todos os casos investigados, ela foi a última pessoa a ter contato com as pessoas assassinadas e a primeira a acionar a polícia.
— Ana Paula tem prazer em matar. A motivação pouco importa pra ela, ela quer matar — declarou o delegado.
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Serial killer é suspeita de matar quatro pessoas
A Polícia Civil informou que apenas em uma das quatro mortes atribuídas a Ana Paula a vítima não era uma conhecida dela. A vítima desconhecida de Ana Paula foi identificada como Neil Correa da Silva, de 65 anos, envenenado com uma feijoada no Rio de Janeiro. A investigação também indica que ela tentou matar mais uma pessoa no estado, mas o crime não foi consumado.
A principal linha de investigação é de que a filha do idoso, Michelle Paiva da Silva, de 43 anos, teria contratado Ana Paula Veloso Fernandes para executar o plano. As duas estão presas. Ana teria sido a responsável por trazer uma feijoada servida para Neil no dia 26 de abril deste ano, horas antes de ele morrer.
Além de Neil, Ana Paula é acusada de matar Maria Aparecida Rodrigues, o suposto ex-namorado Hayder Mhazres e Marcelo Hari, com quem ela supostamente dividiu um apartamento.
Ana Paula e a irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, suspeita de ser cúmplice dos crimes, foram presas em julho e agosto deste ano, respectivamente. Em depoimento, a estudante de Direito onfessou participação em dois dos assassinatos, mas negou o uso de veneno.
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A defesa afirma que ela apenas relatou os fatos e que a verdade será esclarecida ao final das investigações.
*Com informações do g1 e do Extra.
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