Ana Paula Veloso Fernandes, a estudante de Direito considerada uma serial killer pela polícia, já tentou envenenar colegas da faculdade onde estudava em Guarulhos, em São Paulo. De acordo com o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º Distrito Policial (DP) de Guarulhos, ela alegou que fez aquilo para incriminar a esposa de um policial militar com quem ela mantinha um caso. As informações são do g1.
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Serial killer brasileira teve relacionamento romântico com 3 das 4 vítimas que matou
Na ocasião, ainda no início deste ano, ninguém comeu o bolo. Ana Paula até escreveu um bilhete, se passando por outra pessoa, dizendo que o bolo era “para adoçar a manhã de vocês”. A estudante chegou a ir até a delegacia, como se fosse vítima do caso de envenenamento.
— Ela foi até a nossa delegacia por conta de um evento de um suposto bolo envenenado dentro de uma faculdade. Ela colocou esse bolo envenenado supostamente para tentar incriminar uma terceira pessoa. Através desse inquérito, a gente chegou à conclusão que Ana Paula Veloso não era vítima nesse caso, mas sim uma serial killer — disse o delegado à TV Globo.
Depois desse caso, a polícia passou a desconfiar da estudante em relação a outros casos, onde ocorreram mortes entre janeiro e maio em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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Veja fotos de Ana Paula
Irmã gêmea ajudou nos envenenamentos
Ana Paula é vinculada a pelo menos quatro mortes: o ex-namorado, Hayder Mhazres, de 21 anos, que morreu após tomar um milk-shake; Maria Aparecida Rodrigues, Marcelo Hari, com quem ela supostamente dividiu um apartamento, e Neil Correa da Silva, de 65 anos. De acordo com a investigação, Ana Paula e a irmã gêmea Roberta Cristina Veloso Fernandes, agiam juntas.
Ana Paula foi presa em julho, enquanto Roberta foi detida em agosto. Outra mulher, Michelle Paiva da Silva, filha de Neil Correa, também foi presa na última terça-feira (7). Michelle teria pagado R$ 4 mil para as irmãs matarem o próprio pai dela. Neil era a única vítima que não era conhecida da estudante. Ele teria sido envenenado com uma feijoada no Rio de Janeiro.
O objetivo das irmãs era de ficar com os bens e dinheiro das vítimas. Ana Paula já foi denunciada pelo Ministério Público pelos quatro homicídios. Segundo os promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Caceres Stefanoni, “a gravidade em concreto das infrações é indiscutível”.
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Sinais de envenenamento
Todas as vítimas morreram com edemas nos pulmões e sinais característicos de envenenamento. Entretanto, ainda não se sabe qual foi a substância usada para matar as quatro vítimas. A suspeita é de que possa ter sido usado “chumbinho”, veneno comum contra ratos.
O corpo de Hayder foi o único a não ser exumado, já que ele é tunisiano e seu corpo foi levado para o país natal, onde foi enterrado.
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