Considerada uma serial killer, a estudante de Direito Ana Paula Veloso foi presa suspeita de ter matado quatro pessoas. A investigação da Polícia Civil revelou que ela e a irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, tinham decidido vender o serviço de execução por R$ 4 mil.
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Delegado descreve serial killer brasileira como fria, manipuladora e que tem “prazer em matar”
Ao jornal O Globo, a Polícia Civil informou que apenas em uma das quatro mortes atribuídas a Ana Paula a vítima não era uma conhecida dela. Ainda assim, a investigação apurou que as irmãs, ambas presas, tinham combinado de vender o serviço de execução, chamado de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e que cada uma receberia metade do valor arrecadado.
A vítima desconhecida de Ana Paula era Neil Correa da Silva, de 65 anos, envenenado com uma feijoada no Rio de Janeiro. A investigação também indica que ela tentou matar mais uma pessoa no estado, mas o crime não foi consumado.
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A principal linha de investigação é de que a filha do idoso, Michelle Paiva da Silva, de 43 anos, teria contratado Ana Paula Veloso Fernandes para executar o plano. As duas estão presas. Ana teria sido a responsável por trazer uma feijoada servida para Neil no dia 26 de abril deste ano, horas antes dele morrer.
Ana Paula é considerada uma serial killer pelo delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º Distrito Policial de Guarulhos. Segundo entrevista do investigador ao jornal O Globo, a universitária seria uma pessoa extremamente manipuladora e que, caso seja solta, pode voltar a fazer outras vítimas.
— Ela demonstra frieza, ausência de remorso e um prazer evidente, não só em cometer o crime, mas em permanecer ao redor dele, em ver o impacto do que fez. É alguém que parece se alimentar da sensação de enganar, de manipular e de estar no controle. Tivemos que entender essa mente criminosa para poder desmontar o jogo dela, e isso exigiu muita técnica, paciência e sangue-frio da equipe — contou o delegado ao O Globo.
Ainda conforme o investigador, a mulher tentou se aproximar da investigação, perguntando sobre o inquérito e até revisitando os locais dos crimes como conhecida das vítimas.
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— Desde o início tentou controlar a narrativa, inclusive conosco, indo à delegacia, perguntando sobre o andamento do inquérito e se apresentando sempre como vítima. Nós, como policiais, somos treinados para reconhecer esse tipo de comportamento. Por isso, a estratégia foi mantê-la por perto, deixando que acreditasse estar nos influenciando, enquanto, na verdade, estávamos estudando ela — disse.
Além de Neil, Ana Paula é acusada de matar Maria Aparecida Rodrigues, o suposto ex-namorado Hayder Mhazres e Marcelo Hari, com quem ela supostamente dividiu um apartamento.
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