O famoso pintor Salvador Dalí tinha um segredo para ser mais criativo que estava escondido dentro de um simples cochilo. Mas calma, não se trata de uma soneca longa que dure a tarde inteira como se costuma fazer aos finais de semana. O ideal são os microcochilos.

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Para o pintor catalão, o método dos microcochilos era uma forma de desbloquear as ideias inovadoras e geniais que ficaram eternizados nas suas pinturas. Hoje em dia, essa técnica é até validada pela ciência.

Você sabia que existe até uma técnica chamada incubação de sonhos

Você já deve ter tirado um microcochilo sem perceber. Aquela pausa de cinco a dez minutos, em que seu corpo fica entre o estado de despertar e antes de entrar no sono profundo. É bem aí, nesse intervalo de tempo que a inspiração acontece.

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Quem diz isso é o próprio Dalí, no livro que escreveu, que tem o nome de 50 Segredos Mágicos para pintar, lançado em 1951.

O alarme que Dalí usava antes de existir o smartphone

Salvador Dalí não tirava simplesmente um cochilo. Ele usava uma técnica, bem engenhosa, que alertava quando era do cochilo terminar. O pintor sentava em uma poltrona com braços, na posição ereta mas que permita dormir.

Além disso, em uma das mãos ele segurava uma chave. Embaixo da mão com a chave um prato metálico. Então é só deixar o sono vir. Quando a chave cair, fazendo barulho no prato, é hora de acordar. “Acorde e parabenize-se por ter conseguido uma microssesta”, dizia Dalí.

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Ele afirmava que os artistas assim, depois de um microcochilo, poderiam se sentir revitalizados tanto no físico, quanto mentalmente.

O momento certo do microcochilo que a criatividade aflora

Mas será que essa técnica de Dalí tem respaldo na ciência? A neurocientista cognitiva Delphine Oudiette, formada na Universidade Pierre e Marie Curie, também conhecida como Universidade de Paris VI, estudo o fenômeno dos cochilos.

Delphine descobriu que esses microcochilos que Dalí tirava, e que qualquer pessoa também pode tirar, fazem com que o cérebro acesse a primeira fase do sono, que acontece antes do sono profundo. Sabe quando você ainda consegue ouvir os sons do ambiente? Porém, os pensamentos estão confusos, como se fossem sonhos? É quando a criatividade aflora!

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Técnica de Dalí se modernizou

Tem até um nome para esse momento. Chama-se “ponto ideal criativo”. Geralmente, dura de cinco a dez minutos. E por que é tão importante que sejam curtos? Porque depois disso, o sono entra na fase REM, onde você não controla mais o que acontece em seu cérebro.

Apesar de ter funcionado com o pintor, a técnica de Dalí não era exatamente precisa, afinal, a chave poderia cair antes da hora, por inúmeros fatores. Hoje em dia com a tecnologia seria mais fácil.

Você sabia que existe até uma técnica chamada incubação de sonhos, que pode direcionar o seu subconsciente para trabalhar com temas definidos enquanto você tira um cochilo? Veja na galeria como funciona:

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