A estreia da 23ª Expogestão em Joinville teve a inteligência artificial como destaque. Na primeira noite, na terça-feira (10), o evento contou a presença de lideranças empresariais e diversas atividades simultâneas. Entre os destaques da abertura está a palestra “AI Agents – você está pronto para liderá-los?”, acompanhando as tendências da era digital. O evento acontece até quinta-feira (12), na Expoville.

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Gustavo Araújo é cofundador e CIO (Chief Information Officer) do Distrito, uma plataforma de inteligência artificial integrada ao ecossistema FCamara. Ele afirma que a Inteligência Artificial (IA) representa o maior avanço da história da humanidade.

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Para ele, os líderes das empresas precisam estar preparados para alinhar suas demandas aos AI Agents, funcionários não humanos, que são robôs de inteligência artificial que podem executar tarefas solicitadas de maneira otimizada.

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Em entrevista à CBN Joinville, Araújo explicou sobre como conciliar o uso da inteligência artificial nos processos de uma empresa, sem perder o lado humanizado nas funções.

—  É um change management, como se fala no termo em inglês. Ou seja, é uma mudança de gestão e cultura porque os humanos começam a se fundir com as IA’s. Então, sim, algumas tarefas serão absorvidas por IA e não precisaremos mais de humanos para fazer essas tarefas. Outras vão nascer, vão ser criadas, mas o fato é que todas as tarefas vão ser transformadas — destaca.

Um dos exemplos utilizados por Gustavo Araújo se aplica na rotina direta de uma pessoa que trabalha no atendimento direto ao cliente. 

—  A partir do momento que o seu trabalho de vendas é atender o cliente e entender o que ele quer,  em vez de perder seu tempo de ter que olhar no estoque o que tem, fazer o PDF de uma proposta e enviar, você está tirando a tarefa manual do vendedor e está deixando ele com aquilo que importa, que é o relacionamento com o cliente, a geração de confiança — explica Araújo. 

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A introdução das inteligências artificiais em determinadas atividades precisa ser estudada e aplicada de forma que a demanda faça, explica. Em casos de atendimento ao cliente, em momentos de estresse, não se recomenda substituir o atendimento humanizado pelo robotizado.

— Se você está com seu carro quebrado no meio da estrada, você está nervoso. Se você ligar na seguradora e, de repente, uma IA te atender, você não vai ter paciência para falar com ela. Neste momento você quer falar com um humano e quer resolver o problema o mais rápido possível —  diz o CIO em exemplo prático.

Por que aplicar agentes de IA agora?

Segundo o palestrante, a tendência de mudança nas relações de trabalho com o avanço da IA já é bem notável.

— Há alguns anos, um desenvolvedor escrevia o código e outro o revisava. Hoje, escreve-se a intenção, e a IA gera o código, que depois é revisado por um humano. No futuro, o ser humano cuidará apenas da estratégia e a IA fará o restante — afirmou durante a palestra.

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Araújo prevê que, nos próximos cinco anos, o mundo passará por um salto significativo em negócios, produtividade e relacionamentos. Ainda, a mudança causada pelas novas tecnologias será intensa, e quem não estiver preparado poderá ficar para trás. 

—  As regras do jogo vão mudar drasticamente. Medicamentos que hoje levam anos para serem desenvolvidos chegarão ao mercado em poucos meses —  exemplificou.

*Sob supervisão de Fernanda Silva.

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