A Igreja Católica já definiu os detalhes do último adeus ao bispo emérito de Blumenau, Dom Angélico, morto aos 92 anos. O religioso será velado em São Paulo nesta quarta-feira (16) e sepultado em Blumenau na quinta (17), dentro da Catedral São Paulo Apóstolo.
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Essa é uma regra da igreja. A diocese onde o bispo “se aposenta”, tornando-se emérito, é o local que recebe o corpo dele após a morte. A pedido de Dom Angélico, haverá também um velório na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Praça Vinte e Cinco de Novembro, 53, Vila Zat/São Paulo). A missa de corpo presente será às 15h.
Depois, ele será levado a Blumenau para o sepultamento.
A chegada do féretro à Catedral na maior cidade do Vale do Itajaí está prevista para as 10h de quinta-feira. A missa de exéquias seguida do sepultamento na cripta está marcada para as 14h.
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Dom Angélico morreu na terça-feira (15). O religioso passou por meses de internação e cirurgias no Hospital Santa Catarina, na capital paulista. Por fim, estava sob cuidados domiciliares na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Zatt.
A trajetória
Nascido em Saltinho (SP) e conhecido pelo trabalho a favor dos direitos humanos na periferia da capital paulista, teve a vida retratada no documentário “Dom Angélico e o Grito do Povo”. O projeto do Instituto Vladimir Herzog incluiu ainda uma plataforma multimídia com a biografia do bispo emérito.
Parceiro de Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Angélico começou a trajetória de evangelização aos 40 anos, na zona leste da cidade de São Paulo. Ao lado do povo, denunciava a violência de Estado, marchava com os trabalhadores, estimulava a comunicação popular e lutava pelo direito à moradia.
Em Santa Catarina, foi nomeado o primeiro bispo diocesano em Blumenau, em 2000, onde viveu por nove anos. Depois, retornou a São Paulo. Em maio de 2022, quando o presidente Lula se casou com a segunda esposa, Janja, Dom Angélico ficou responsável pela benção ao casal.
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No começo deste mês, Lula e Janja visitaram Dom Angélico. O presidente compartilhou o momento nas redes sociais e escreveu:
“Ao longo de nossas vidas, dividimos muitos momentos e histórias. Eu o conheci durante as greves dos metalúrgicos do ABC, nos anos 70 e 80. Foi quando nos tornamos amigos. Dom Angélico celebrou meu casamento com Janja, casou meus filhos, batizou meus netos. Fiquei muito feliz de poder reencontrar meu amigo de longa data. Que Deus esteja contigo, Dom Angélico”.
O padre Júlio Lancellotti, também forte ativista das causas humanitárias, publicou nas redes sociais fotos e mensagens de despedida ao amigo. “Dom Angélico está no céu, com os anjos louvando a Deus. Gratidão por tudo, querido amigo dos pobres”, escreveu.
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