Dores no corpo são experiências comuns ao longo da vida. Uma torção no tornozelo, a dor muscular depois de um treino intenso ou até uma dor de cabeça passageira fazem parte do cotidiano de muitas pessoas.

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No entanto, quando a dor persiste por tempo prolongado e interfere na qualidade de vida, ela pode ter deixado de ser “normal” e se tornado crônica e isso exige atenção médica.

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O Dr Felipe Lacerda Brambilla, intensivista e médico da dor, explica que entender essa diferença é essencial para evitar o agravamento do quadro.

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— A dor é um sinal de alerta do corpo, mas quando ela persiste por mais de três meses, sem uma causa evidente ou após a resolução do fator inicial, ela deixa de ser um sintoma e se torna uma doença por si só — afirma o médico.

A seguir, ele aponta sete sinais de que a sua dor pode não ser normal e merece avaliação profissional:

1. Duração prolongada

— Se você sente dor constantemente há mais de 12 semanas, mesmo após o fim de uma lesão ou problema de saúde inicial, já estamos falando de um quadro crônico — explica Dr. Brambilla.

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Essa é uma das principais distinções entre dor aguda e dor crônica.

2. Dor que piora com o tempo

Dores que vão se intensificando ao invés de melhorar com repouso, fisioterapia ou medicação são um sinal de que algo está fora do esperado.

— A dor normal tende a diminuir com o tempo. Se o contrário está acontecendo, é preciso investigar — alerta o médico.

3. Prejuízo na qualidade de vida

Quando a dor começa a afetar sono, apetite, humor, relações pessoais e desempenho no trabalho, não deve ser ignorada.

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— Muita gente se acostuma a viver com dor e adapta sua rotina, mas isso não é saudável nem necessário — afirma o médico.

4. Dependência frequente de analgésicos

Se os analgésicos viraram parte da rotina e você não consegue passar um dia sem medicação para suportar a dor, isso é um alerta importante.

— A automedicação prolongada pode mascarar o problema e causar efeitos colaterais graves — diz Dr. Brambilla.

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5. Sensação de queimação, formigamento ou choques

Dores com características neurológicas, como queimação, dormência, sensação de choque ou hipersensibilidade ao toque, podem indicar alterações nos nervos.

— Esses sintomas são típicos de dor neuropática, uma forma específica e complexa de dor crônica — explica o médico.

6. Dor sem causa aparente

Às vezes a dor aparece sem um motivo claro, o que pode gerar frustração e até dúvidas sobre sua legitimidade.

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— O paciente escuta que ‘é coisa da cabeça’, mas dor sem causa visível também é real. Condições como fibromialgia ou enxaqueca são exemplos disso — destaca Dr. Brambilla.

7. Impacto emocional

A dor crônica frequentemente vem acompanhada de sintomas de ansiedade, irritabilidade e até depressão.

— Dor persistente afeta a saúde mental, e o contrário também acontece: quadros emocionais podem potencializar a percepção da dor — completa o médico.

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Para o Dr. Felipe Lacerda Brambilla, reconhecer esses sinais é o primeiro passo para buscar ajuda.

— Dor não é para ser suportada. É para ser compreendida e tratada. Quanto antes o paciente procura um médico em dor, maiores são as chances de controlar o quadro e recuperar a qualidade de vida — conclui.

Se você identificou algum desses sinais, procure um profissional médico. Viver com dor não precisa ser o seu normal.

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