A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está reconstituindo o acidente envolvendo um caminhão-tanque que explodiu na BR-101, no Morro dos Cavalos, na Grande Florianópolis, em 6 de abril. As informações constarão em um laudo pericial de trânsito, que apontará as causas e circunstâncias da ocorrência. Para isso, drones e um scanner 3D são usados na investigação.
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Ainda não há previsão para a conclusão dos trabalhos e a publicação do documento, segundo a PRF, devido à complexidade da ocorrência.
No último sábado (12), uma equipe de peritos de trânsito esteve no Morro dos Cavalos com um scanner tridimensional — equipamento que registra digitalmente a geometria da pista e do entorno. O escaneamento, somado aos vestígios colhidos no dia do acidente, filmagens, arquivos de videomonitoramento, documentação e depoimentos, vão auxiliar na reconstrução da dinâmica e da cronologia do evento, conforme a PRF.
Entre o material que está em análise pela equipe de especialistas da PRF estão imagens aéreas produzidas assim que o fogo foi apagado. Policiais sobrevoaram a área com um drone para preservar com precisão o posicionamento dos veículos, antes de qualquer interferência externa.
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Um vídeo cedido pela concessionária Arteris, que administra o trecho, registrou a velocidade em que o caminhão estava segundos antes acidente. Conforme as imagens, o veículo trafegava a 57 km/h. No local, a velocidade máxima é de 60 km/h.
Veja fotos do material usado na reconstituição
Relembre o acidente
O acidente aconteceu por volta de 13h30min de domingo, quando o caminhão-tanque carregado de álcool etílico (etanol) tombou e, em seguida, explodiu. No mesmo instante, as chamas se espalharam pela rodovia. Cinco pessoas, incluindo o motorista e a passageira da carreta, sofreram queimaduras e precisaram ser encaminhadas para atendimento médico. Outros 24 veículos ficaram totalmente incendiados.
O motorista do caminhão, Tiago Antônio Chies, viajava com a mulher e seguia para Esteio, no Rio Grande do Sul. Segundo o cirurgião plástico Anderson Stahelin, os dois ficaram com queimaduras graves.
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— O motorista apresentou cerca de 17% da superfície corporal queimada. Queimadura de segundo e terceiro grau. A acompanhante apresentava um pouco menos de queimadura, de cerca de 13% da superfície corporal queimada. No momento eles aparecem com quadro estável e não precisaram de vaga na UTI — fala o médico.
O dono da empresa responsável pelo caminhão, Leonir Schneider, falou que o veículo estava em boas condições e com a documentação “em ordem”. Ele também falou que o condutor do caminhão-tanque era um “motorista profissional”.
— O seguro tem contra terceiros. As pessoas que sofreram danos vão ter que acionar o seguro delas porque não tem cobertura para tudo isso — explicou.
O trecho da rodovia ficou interditado por quase 16 horas em ambos os sentidos sendo liberado apenas às 5h09min de segunda-feira (7).
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