O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu autorização ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para exercer o mandato nos Estados Unidos, onde ele está desde o fim de fevereiro deste ano. As informações são do g1.

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Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo se afastou do mandato em uma licença entre março e julho para tratar de assuntos pessoais. Desde o retorno do recesso parlamentar, em agosto, o deputado vem contabilizando faltas injustificadas.

No ofício encaminhado a Motta, o parlamentar pede que a Casa crie mecanismos para que ele possa exercer a função de maneira remota. O deputado argumenta que flexibilizações semelhantes foram adotadas na pandemia da Covid-19.

Eduardo diz, ainda, que não renunciará ao mandato e que tem exercido a função parlamentar em agendas nos EUA. O documento afirma que o deputado exerce “diplomacia parlamentar” ao manter contato com outros países.

O parlamentar afirma ainda que sua permanência nos EUA é “forçada” e que decidiu permanecer no território americano diante de notícias de que poderia ter o passaporte apreendido ou sofrer outras punições.

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“Essa decisão se mostrou acertada, pois em 20 de agosto a imprensa noticiou meu indevido indiciamento, justamente em razão da atividade parlamentar legítima que exerço no exterior”, escreve o deputado.

Eduardo Bolsonaro se licenciou do mandato para ficar nos EUA

O que Eduardo Bolsonaro faz nos EUA

Eduardo Bolsonaro tem se reunido com representantes do governo dos Estados Unidos e é apontado como um dos pilares da decisão do presidente americano, Donald Trump, de sobretaxar produtos brasileiros. Ele vem afirmando que sofre perseguição política e jurídica no Brasil.

A Polícia Federal indiciou, em 20 de agosto, Jair e Eduardo Bolsonaro por tentar influenciar os rumos dos processos contra o pai por meio das sanções econômicas de Trump ao Brasil. As investigações começaram em maio, depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou a atuação de Eduardo em busca de sanções contra ministros do STF junto ao governo dos Estados Unidos e solicitou a abertura do inquérito.

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