O agora ex-deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou em uma rede social após ter o mandato cassado pela Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (18). Para ele, a cassação é como uma “medalha de honra”. Além de Eduardo, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) também teve o mandato cassado, com decisão assinada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outros quatro membros do órgão.
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Morando nos Estados Unidos desde fevereiro, Eduardo teve o mandato cassado pela quantidade de faltas nas sessões deliberativas da Câmara neste ano. Pela regra da Constituição, deputados e senadores estão proibidos de faltar a mais de 1/3 das sessões deliberativas do ano.
Para ele, o mandato dele foi cassado “por fazer exatamente aquilo que os meus eleitores esperam de mim”.
— Ainda que existam pessoas que digam que eu estou nos Estados Unidos por opção, Eu digo para vocês, valeu a pena e valeu muito a pena ter pela primeira vez conseguido levar consequências reais para esses ditadores. Para mim o que fica, na verdade é uma medalha de honra, não é a perda de um mandato. Eu tenho certeza que essa história não acabou — disse, em um vídeo publicado em uma rede social.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro também afirmou que pediu votos para outros candidatos a deputado federal pelo Estado de São Paulo e que muitos desses “deputados federais beneficiados, que não seriam eleitos se tivessem outro partido, estejam hoje votando para caçar o meu mandato”.
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— Eu vou continuar sendo a mesma pessoa, porque o que faz você me seguir não é um diploma na parede. E certamente, com apenas 41 anos de idade ainda haverá muitos capítulos dessa linda história que a gente escreve junto. Nós resistiremos e nós venceremos — afirmou.
Veja o vídeo
Acabaram de cassar o nosso mandato. Valeu a pena? pic.twitter.com/ehuaMFmFa9
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) December 19, 2025
Quantas faltas Eduardo Bolsonaro teve?
Foram 78 sessões ao longo do ano na Câmara, e 63 faltas do filho de Bolsonaro, o que equivale a quase 81% do total. A análise das faltas foi antecipada pelo presidente da Câmara, já que normalmente as ausências são avaliadas somente em março do ano seguinte.
A justificativa para a abertura do processo interno foi de que Eduardo já teria atingido o número suficiente de faltas para ser cassado.
O que acontece agora
A decisão de cassar o mandato não torna Eduardo Bolsonaro inelegível. Contudo, isso pode ocorrer caso o Supremo Tribunal Federal (STF) o condene. Isso porque ele é réu em um processo no STF, no qual é acusado de tentar coagir autoridades sobre o julgamento do pai.
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