Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “fracassou espetacularmente”, segundo a nova reportagem publicada pelo jornal Financial Times, da Inglaterra, nesta terça-feira (2). Para os ingleses, os herdeiros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão sofrendo com erros cometidos por eles mesmos: “estão em apuros”.

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O deputado federal mora nos Estados Unidos desde o começo de 2025. Em novembro, ele se tornou réu por supostamente tentar interferir no processo da trama golpista, que envolve o pai Jair Bolsonaro, que cumpre a pena de 27 anos e três anos de prisão.

“A estratégia do clã de buscar ajuda em Washington fracassou espetacularmente: quando Bolsonaro enfrentou julgamento no Brasil, seu filho, o deputado Eduardo, fez lobby em seu nome nos EUA, resultando em tarifas comerciais que irritaram a classe empresarial brasileira e expuseram Eduardo a acusações em seu país. A campanha não conseguiu impedir a prisão de seu pai”, escreveu o Financial Times.

Os 10 passos que levaram à prisão de Bolsonaro

Para o jornal inglês, devido aos erros de Bolsonaro e dos filhos, a ideologia do “bolsonarismo” se enfraqueceu. Por esse motivo, a direita tenta buscar um novo líder para as eleições de 2026 — o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem sido visto como a melhor opção.

O jornal ainda relata que as tentativas de livrar Bolsonaro da prisão provaram ser “desastrosas”. Uma fonte não identificada pelo Financial Times, mas que afirmou ser importante no mercado brasileiro, afirmou que a imagem política do clã Bolsonaro foi “destruído”.

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O fator Tarcísio de Freitas no mercado brasileiro

A reportagem também destaca que Tarcísio de Freitas “fala a língua da Faria Lima”. A afirmação é uma referência à avenida que é o principal centro financeiro do país. No entanto, para o jornal, mesmo que Tarcísio conquiste o apoio, ele terá uma missão difícil ao enfrentar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Se a eleição fosse daqui a dois meses, Lula venceria. Mas ainda falta quase um ano”, afirma a reportagem.

*Sob supervisão de Luana Amorim
**Com informações do Valor Econômico