Ele largou tudo para viver o sonho de conhecer a costa brasileira remando em cima de uma prancha. Paulo Stueber tinha 33 anos quando se aventurou pelo mar sem nunca ter praticado stand up paddle antes. A jornada partindo do Rio Itajaí-Açu rumo a Belém durou mais de um ano e agora virou livro.

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Na obra intitulada “Expedição Verde-Mar – Uma Aventura de Stand Up Paddle pela Costa Brasileira 5.000 quilômetros de Blumenau até Belém”, ele reuniu os desafios e alegrias desde o dia em que largou o emprego, em 2014, vendeu o carro e comprou os equipamentos para ir ao encontro das águas.

Paulo conta que o livro traz uma combinação de aventura, superação, espiritualidade e conscientização ambiental. Afinal, nos 18 meses de jornada, enfrentou a adversidade do vento soprando contrário, as condições adversas do tempo, a falta de dinheiro e até o furto da prancha.

— Eu sempre quis fazer esse trajeto, mas preservando a minha integridade física e mental. Antes de chegar em São Paulo já estava sem grana. Muita gente me ajudou no caminho e no Rio de Janeiro até ganhei uma prancha nova — recorda.

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Dos 5,4 mil quilômetros entre Blumenau e Belém, 3 mil foram de stand up paddle. O Santa noticiou o início e o fim a jornada do blumenauense. Na época, Paulo contou como foi largar o emprego na construção naval e três semanas depois começar a expedição, deixando mulher e filho em terra firme.

A uma altura da viagem, já na Bahia, ficou preocupado em conseguir cumprir o tempo que tinha estabelecido para a viagem. Passou a pegar carona de caminhão, usou ônibus e andou até de barco para chegar ao Rio Grande do Norte.

Ao longo da aventura, dormiu até em posto guarda-vidas e precisou pedir comida.

— 80% da viagem foi perrengue, tanto no mar quanto em terra. E o livro começa justamente no momento mais crítico, quando passeio dois dias cego, desnutrido, a ponto de desistir. É uma obra sem fotos, rica em detalhes, para o leitor criar mentalmente a viagem.

Na volta para casa, Paulo já tinha em mente registrar tudo em um livro. Mas aí enfrentou uma depressão e só em 2020 voltou a ter forças para escrever. Inspirado, em oito meses as 536 páginas estavam prontas.

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Se tivesse feito o processo para reconhecimento do ineditismo da aventura, Paulo teria o título mundial de maior distância percorrida remando na prancha pelo Guinness Book. Hoje o recorde é de 2,6 mil quilômetros, feitos 2017 pela indiana Shilpika Gautam.

— Feito único — pontua.

Veja fotos da aventura de stand up paddle

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