Rita de Cassia Pereira Araujo Silva, a única sobrevivente da chacina em Joinville, continua internada no Hospital Municipal São José. A idosa, de 65 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo, durante a madruga da quinta-feira (11), durante tragédia que vitimou sua filha e netos. Segundo a Polícia Civil, o autor do crime era seu genro, o libanês Ramzi Mohsen Hamdar, de 49 anos.
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De acordo com a unidade hospitalar, em boletim do final da tarde desta sexta-feira (12), o quadro de saúde de Rita ainda é considerado grave. À reportagem do NSC Total, uma sobrinha da idosa confirmou que a vida de sua tia está “em risco ainda”.
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Entenda o caso da chacina em Joinville
Segundo a Polícia Militar, vizinhos ouviram cerca de 20 disparos por volta das 3h. Durante a manhã, o irmão de Ramzi entrou na casa e encontrou o homem caído no chão, sem vida, com uma arma de fogo em mãos. Em seguida, acionou as autoridades.
Um levantamento preliminar realizado pela Delegacia de Homicídios de Joinville constatou que Ramzi, de 49 anos, já apresentava um histórico agressivo, principalmente com relação à sua família anterior. Esse fato somou-se aos relatos de testemunhas que alegaram que as discussões com sua atual esposa iniciaram ainda durante o dia de quarta-feira (10).
— Ao que tudo indica, e após o atendimento do local do crime pelas polícias Civil e Científica, foi verificado que o autor do episódio, durante a madrugada, em uma discussão com a sua companheira, passou a efetuar disparos de arma de fogo não apenas contra a sua companheira, mas seguiu numa conduta criminosa — afirmou o delegado.
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A investigação constatou que Ramzi atirou primeiro em Ingrid, depois em seus enteados: uma menina de 11 anos de idade e um adolescente de 15. Na sequência, ainda acabou atingindo sua sogra Rita com vários disparos de arma de fogo. Por fim, o homem cometeu suicídio dentro da residência no Bairro Saguaçu.
Segundo o delegado regional, relatos iniciais corroboram com a tese de que o crime foi cometido de maneira passional, ou seja, por um impulso emocional, como ciúmes, raiva ou paixão, em vez de uma ação planejada.
— A Polícia Civil vai realizar novas diligências de oitivas de pessoas que ouviram a discussão, ouviram os disparos de arma de fogo, dos policiais que atenderam a ocorrência para entender todo o contexto e a dinâmica desses fatos, aliado aos laudos periciais — afirmou.
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