Com a temporada de chuvas intensas e alagamentos, é comum que animais silvestres busquem abrigo em áreas residenciais. As cobras, por exemplo, procuram refúgio da lama e da água, o que aumenta a chance de encontros perigosos, especialmente com espécies venenosas que podem invadir quintais e até o interior das casas.
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Esses incidentes se tornam mais frequentes em meio a enchentes, que afetam tanto humanos quanto a fauna. As serpentes, ao terem seus habitats inundados, procuram locais secos para sobreviver, o que inclui garagens e áreas internas das residências, tornando o contato inevitável e preocupante para os moradores.
Portanto, saber como agir nessas situações é fundamental para a segurança de todos. O Instituto Butantan, referência no assunto, oferece orientações claras e seguras para lidar com a presença desses animais inesperados, enfatizando a importância de uma abordagem cautelosa e informada.
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Não toque e chame ajuda
A principal recomendação é nunca tocar no animal. Mantenha distância e, imediatamente, acione profissionais capacitados para fazer a remoção.
Ignorar essa orientação básica pode resultar em acidentes graves, especialmente se a cobra for peçonhenta, exigindo uma abordagem técnica e segura por parte de especialistas.
Espécies comuns em áreas urbanas
As cobras mais encontradas em regiões afetadas por alagamentos incluem a Jararacuçu, que é grande e agressiva, podendo medir até 1,70 metro com coloração escura.
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A Jararaca, menor e também venenosa, é frequente em áreas de Mata Atlântica. Outra espécie perigosa é a Coral-verdadeira, apesar do tamanho reduzido, exige atenção.
Perigo da falsa coral
O especialista Giuseppe Puorto, do Instituto Butantan, alerta sobre a dificuldade em diferenciar a coral-verdadeira da falsa coral. Segundo ele, “Ao encontrar uma cobra com padrão coral, mantenha distância.
Elas são muito rápidas e geralmente fogem ao perceberem a presença humana.” Tentar identificar pode ser arriscado e desnecessário.
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Se for picado, o que fazer?
Se ocorrer uma picada, mantenha a calma. Giuseppe orienta: “Evite correr, pois isso pode agravar os efeitos do veneno e causar outras lesões.”
Não use torniquetes, substâncias caseiras, ou tente sugar o veneno. A medida correta é lavar o local com água e sabão e buscar atendimento médico imediato, garantindo o tratamento adequado.
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