“Covardia”, “monstros”, “crueldade”. Essas foram algumas das palavras que internautas e famosas, como Ana Castela, Paolla Oliveira e Luisa Mell, usaram para definir o caso do cavalo que teve as patas mutiladas por um homem de 21 anos, com um facão, em Bananal, no interior de São Paulo. O animal morreu. Q polícia investiga se ele ainda estava vivo durante o ato.
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A Polícia Civil recebeu denúncias sobre o corte das patas do animal no sábado (16). Uma testemunha disse, em depoimento, que ele e o tutor do cavalo estavam em uma cavalgada, cada um com um cavalo, quando o animal ficou cansado e resolveu deitar no chão. No boletim de ocorrência, o homem disse que achou que o animal já estava morto quando desferiu o golpe nas patas do animal.
O tutor do cavalo teria dito, ainda, para a testemunha, que “se você tem coração, melhor não olhar” e mutilou o animal. A testemunha teria passado mal e ido embora do local, sem saber o que aconteceu depois.
Em entrevista à TV Vanguarda, o homem disse que estava sob o efeito de bebida alcoólica e achava que o cavalo estava morto. Ele admite que o ato foi “cruel”, mas o define como um “ato de transtorno”.
— Foi um ato de transtorno. Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei por cortar. Foi um ato cruel. Estava com álcool no corpo. Não é culpa da bebida. É culpa minha. Eu reconheço os meus erros […] Estão me acusando de um ato que eu não fiz. Muitas pessoas estão me julgando e falando que eu sou um monstro. Eu sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro — afirmou.
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O homem disse que está recebendo ameaças de morte e sente insegurança para sair de casa.
— Vai pagar uma morte com a outra? Muitas pessoas falaram que vão mutilar meus braços e minhas pernas. Como é que eu ando na rua? Eu fico inseguro de andar na rua. Tenho que ficar dentro de casa — disse.
Ele ainda disse que “ama os animais” e que sempre mexeu “com cavalo”, e que, por isso, não havia necessidade de o vídeo ter sido publicado na internet.
Homem pode ser preso
De acordo com a Lei nº 9.605/1998, que determina a pena por “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. Por o cavalo ter morrido, o homem pode ser condenado a 1 ano e quatro meses de prisão.
A prefeitura de Bananal disse, em nota, que já ciente do acontecimento e encaminhou o caso à Delegacia de Polícia e Polícia Ambiental.
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“A Prefeitura repudia qualquer ato de crueldade contra os animais e reforça seu compromisso em zelar pelo bem-estar de todos, trabalhando em conjunto com os órgãos competentes para que casos como este não fiquem impunes”, disse a nota.
Indignação coletiva
A cantora Ana Castela usou uma rede social para cobrar justiça pelo caso, classificando o ato como “covarde” e pediu para que seus 16,3 milhões de seguidores repercutissem o caso para que ele chegasse às autoridades.
Outra pessoa de influência que se pronunciou na internet foi a ativista Luísa Mell, que protesta contra maus-tratos aos animais e mostrou indignação, afirmando que “estes covardes têm que pagar”. A atriz Paolla Oliveira também pediu visibilidade para o caso.
*Com informações do g1 e do Estadão
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