Representantes de entidades de Criciúma e pessoas que conheceram Roberto Angeloni, 51, lamentaram a morte dele em redes sociais e através de notas oficiais. O carro de luxo que o gerente da rede que leva o sobrenome da família conduzia bateu contra outro veículo e um poste na manhã deste domingo (28), na BR-101, em Biguaçu. Com o impacto, o automóvel chegou a partir ao meio. Roberto morreu na hora.
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A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindilojas de Criciúma manifestaram solidariedade à família pela perda precoce. Roberto cresceu em Criciúma e ajudou o pai, assim como os irmãos, a construir a história do Angeloni, que começou na cidade e hoje possui mais de 60 estruturas entre lojas, farmácias, postos de combustíveis e centros de distribuição.
“Como entidade varejista, nos solidarizamos com toda a diretoria e funcionários da Rede Angeloni. Como criciumenses, expressamos nossas condolências aos familiares do Sr. Roberto, em especial ao seu pai Antenor, empresário responsável por um legado de empreendedorismo, do qual Roberto participava ativamente”, escreveu o presidente do Sindilojas Criciúma, Renato Campos Carvalho.
Uma pessoa que se identificou como funcionária da rede disse que Roberto era um “ótimo administrador e fará falta, com certeza”. Uma empresa da região, a Família Fumacense Alimentos, também lamentou o ocorrido. O texto assinado por Silvino Dagostin e Jorge Henrique Mezzari declara que “além de nossas relações comerciais, temos uma profunda amizade com toda a família Angeloni, o que nos deixa consternados e pesarosos. Neste momento, gostaríamos de expressar nossa solidariedade e carinho com todos os familiares, diretores e colaboradores”.
A Associação Catarinense de Supermercados (Acats) lembrou que Roberto participou da Diretoria da Entidade no início dos anos 2000 e “deu importante contribuição ao setor, sempre defendendo projetos inovadores tanto para o segmento supermercadista como para a atividade associativista catarinense”.
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Roberto também foi presidente do Criciúma Esporte Clube.
Dedicação ao trabalho e paixão por automóveis
Roberto Angeloni foi para a universidade só para aprimorar conhecimentos teóricos. Cursou Administração de Empresas pela Esag/Udesc, em Florianópolis, e MBA em Administração Global pela Universidade Independente de Lisboa, em parceria com a Única.
O empresário descobriu muito cedo sua vocação para o varejo. Quando tinha apenas 10 anos, já ajudava no negócio da família, no Centro de Criciúma. A loja era no pavimento térreo, e a residência, no superior. Normalmente acompanhado do avô paterno, ele ajudava a moer grãos de café ou a recortar papel para embalar produtos, porque naquela época não havia sacolas plásticas.
Roberto, que deixa os pais e dois irmãos, assumiu a presidência do grupo em 2003 e atualmente atuava como gerente de Operações da Rede. Além da dedicação incansável ao trabalho, tinha hobbies como automóveis, vinhos e encontros com amigos, conforme uma entrevista que concedeu à colunista Estela Benetti há 12 anos.
Em nota, a rede Angeloni lamentou a perda: “Roberto atuava no grupo Angeloni desde muito jovem e considerava que o trabalho é o mais importante desafio da vida e o grande valor do homem, requerendo extrema dedicação e estudo. Deixa os pais, Antenor e Nolênia, os irmãos Cristina e Henrique, sobrinhos, tios e primos.
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Seu falecimento precoce deixa ainda imensa lacuna entre amigos e colegas, que guardam a imagem de um profissional sério e dedicado, que tinha como sonho levar o Angeloni a uma posição sempre mais destacada. A família agradece antecipadamente a todas as manifestações de pesar e solidariedade”.
Informações sobre o velório ainda não foram divulgadas. Porém, devido à pandemia do novo coronavírus, a cerimônia de despedida deve ocorrer apenas para familiares mais próximos.