Os envolvidos no roubo de R$ 125 milhões no Banco do Brasil em Criciúma, no Sul catarinense, em 2020, foram condenados pela Justiça nessa quarta-feira (26). No total, 13 homens e quatro mulheres receberam penas que vão de nove a 50 anos de prisão.
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Conforme a sentença, divulgada pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Criciúma, os autores diretos do assalto receberam penas de 36 e 50 anos de prisão. Os outros membros da organização criminosa, que auxiliaram na ação, foram condenados a nove anos de prisão.
Segundo autoridades, o roubo que completa 4 anos no sábado (30), é considerado o maior da história de Santa Catarina. A ação criminosa sitiou a cidade de Criciúma, e um policial militar foi baleado, sofrendo ferimentos graves.
Desde o crime, a investigação esteve em sigilo e foram abertos dois inquéritos criminais. Os envolvidos com a organização foram denunciados, e após isso, os réus responderam por roubo qualificado com o resultado de lesão corporal grave, incêndio e dano qualificado. Um inquérito civil também foi aberto para questionar a falta de confronto entre as forças de segurança com a quadrilha, mas o caso foi arquivado em 2021.
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— Três operações diferentes resultaram nas prisões dos criminosos. Nas primeiras fases das investigações, foram identificados dez homens que participaram diretamente do roubo naquela noite. Esses indivíduos foram condenados a penas entre 36 e 50 anos de reclusão, estando todos presos desde aquela época — conta Anselmo Cruz, delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
Segundo o delegado, outras sete pessoas, dentre elas quatro mulheres, que auxiliaram no roubo, foram condenadas a penas de nove anos de reclusão. Na época do crime, a polícia afirmou que a suspeita era de que o grupo fosse de fora, do Centro-Oeste ou Sudeste do país.
De acordo com o Ministério Público, o procedimento chegou ao fim após a Secretaria de Segurança Pública (SSP) comprovar que já adotava diversas ações similares no setor.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Roubos e Antissequestro (DRAS) da DEIC, junto às unidades da Polícia Civil de Criciúma. Polícia Científica, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Brigada Militar e o Ministério Público de Santa Catarina prestaram apoio na ação.
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A noite do crime
Entre a noite de 30 de novembro e a madrugada de 1° de dezembro de 2020, 30 criminosos com 10 automóveis e armamento de grosso calibre, assaltaram o Banco do Brasil na área central de Criciúma. O grupo provocou diversos incêndios, bloqueios de rua, além de realizar disparos com armas de fogo. Eles sitiaram a cidade e mantiveram reféns durante o crime.
Após a fuga dos criminosos, a polícia encontrou um galpão que era utilizado para a pintura dos veículos em Içara, também no Sul do Estado. Foram levados R$ 125 milhões, e o roubo é considerado o maior da história em solo catarinense.
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