Eles são lindos, carismáticos, espertos e têm uma supermissão: ser cães-guias para ajudar pessoas com deficiência visual. Mas antes de o trabalho começar para valer, esses peludos ainda precisam passar pelas chamadas famílias socializadoras. Por isso, a Escola Helen Keller, de Balneário Camboriú, está com inscrições abertas para voluntários dispostos a recebê-los em casa para a primeira etapa de treinamento.
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O processo é simples. A pessoa preenche o cadastro no site da escola, a equipe entra em contato com o candidato e faz uma avaliação. Se estiver apto, leva o cachorro para casa quando ele estiver com o esquema vacinal já está completo, o que ocorre por volta dos quatro ou cinco meses. A partir daí, o animal passa a viver com a família e aprender os comandos básicos.
Marley, o labrador preto das fotos abaixo, e Mister Magu e Máximo, os labradores marrons, já estão prontos para o novo lar. Na segunda-feira (28), outros 11 filhotes nasceram e devem ser encaminhados às famílias socializadoras a partir de agosto.
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Qual o papel da família socializadora
O cachorro deve ser ensinado a sentar, deitar, comer quando determinado, usar o banheiro e dormir no local certo. Periodicamente, a família vai receber visitas da equipe da escola, para avaliar como o animal está se desenvolvendo.
As despesas com ração e veterinário, por exemplo, são oferecidas pela própria instituição Helen Keller. Podem se candidatar moradores de cidades próximas a Balneário Camboriú, como Itajaí, Navegantes, Blumenau, Florianópolis e até Joinville.
Ele fica com o voluntário até completar um ano e meio e nesse período deve acompanhar o tutor no trabalho, academia, parques e por aí vai. Após essa etapa, se estiver com a saúde perfeita e o comportamento esperado, avança para os treinamentos específicos para guiar.
Quando apto para atuar como cão-guia, o animal não pode interagir com pessoas, animais ou comida, se estiver com a capa de serviço. Fora do trabalho, é um pet normal.
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“Os socializadores precisam ser pessoas com disposição e com tempo para a dedicação neste período tão valioso para o desenvolvimento do cão de serviço. De forma gradual e positiva, eles vão oferecer ao cão experiências novas, lugares, meios de transporte e, principalmente, precisam levar o cão nas suas rotinas diárias”, diz a escola.
Quando aptos para o serviço, os cachorros são destinados gratuitamente a pessoas com deficiência visual que se cadastraram no site da escola, passaram por triagem e moram em um raio de 200 quilômetros da sede Balneário Camboriú.
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