Além do desafio da pandemia do coronavírus, algumas instituições de ensino municipais de Blumenau enfrentam problemas estruturais neste retorno às aulas. Na escola Machado de Assis, 12 grupos do 8º e 9º anos serão atendidos no Campus 2 da Furb, já que 10 salas estão fechadas por conta dos estragos causados pelo ciclone em junho do ano passado.

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Na manhã desta segunda-feira (8), primeiro dia das aulas na rede municipal e boa parte da particular, estudantes da Machado de Assis ouviram as orientações da diretora Solange Clebsch em frente ao pátio da instituição. Depois, pouco antes das 8h, seguiram a pé para a Furb junto com professores, atravessando a Rua São Paulo.

Estudantes precisam seguir até o campus 2 da Furb
Estudantes precisam seguir até o campus 2 da Furb (Foto: Patrick Rodrigues)

Lonas cobrem estrutura da escola Machado de Assis
Lonas cobrem estrutura da escola Machado de Assis (Foto: Maurício Cattani)

Sem as 10 salas, que tiveram parte do telhado danificada com a força do vento, a direção remanejou todas as turmas. Laboratórios e salas ambientes tiveram de ser desativados para que os anos iniciais não precisassem sair de dentro da unidade. Mesmo com as adequações, faltou espaço, o que obrigou o deslocamento dos mais velhos para a universidade.

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— Quase toda a escola precisa de reparo, estamos aguardando o andamento do processo licitatório — constatou a diretora adjunta Rozimeire Maria Macedo.

Outros pontos da maior escola da rede municipal, que atende quase 1.650 estudantes, sofrem com goteiras e problemas no telhado. A situação se repete em mais unidades, ainda que de maneira menos grave. Na escola Alice Thiele, no Garcia, é a biblioteca que está fechada para os mais de 420 alunos por conta da cobertura ainda não consertada.

Biblioteca da escola Alice Thiele
Biblioteca da escola Alice Thiele (Foto: Patrick Rodrigues)

No Centro de Educação Infantil (CEI) Osvaldo Deschamps, no bairro Glória, Grande Garcia, a história é antiga, como mostrou a reportagem da NSC TV. Forro com buracos, goteiras e rachaduras são alguns dos problemas com os quais crianças e professores precisam conviver. A nova unidade, ao lado, deveria ter sido entregue em 2017, mas até agora isso não ocorreu.   

Danos há mais de meio ano

O ciclone que passou pelo estado no dia 30 de junho gerou mais de 200 ocorrências atendidas pela Defesa Civil de Blumenau, a maioria por quedas de árvores e destelhamentos. Na Educação, 27 escolas e 35 Centros de Educação Infantil (CEIs) foram atingidos.

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Em nota, a Secretaria de Educação garantiu que todas as unidades foram atendidas já no ano passado, restando apenas a escola Machado de Assis. Na semana passada, a prefeitura abriu as propostas das empresas interessadas em fazer os reparos na escola, que incluem conserto da cobertura, novos forros de PVC, rede lógica e instalações elétricas. 

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Esta é a última etapa da licitação. O orçamento previsto é de pouco mais de R$ 900 mil e a expectativa é que os serviços, quando iniciados, sejam feitos em até seis meses.

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Sobre a escola Alice Thiele, a equipe de manutenção já foi ao local algumas vezes, mas o conserto definitivo depende da produção de um novo material para substituição. A secretaria não estabeleceu um prazo.  

Já o novo CEI Osvaldo Deschamps deve ser inaugurado nas próximas duas semanas, conforme o diretor administrativo da Educação, Adriano da Cunha. Ele disse que manutenções pontuais têm sido feitas no imóvel antigo enquanto a prefeitura termina a obra ao lado com recursos próprios, já que não houve o envio total da parte do governo Federal.