Florianópolis possui um espaço diferenciado de lazer que combina música, cultura asiática e experiências compartilhadas. O Koreokê Floripa, primeiro karaokê em estilo coreano da Grande Florianópolis, completará um ano em dezembro e já se consolidou como um ponto de encontro para quem quer cantar sem medo e conhecer mais sobre a cultura sul-coreana.
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O local é o segundo empreendimento no estilo de karaokê com salas privativas em Santa Catarina. Além dele, também existe o Ottoke Karaokê, em Joinville, em atividade desde novembro de 2023. O projeto de Florianópolis, localizado no bairro Estreito, foi criado pelo casal Gabriele e Gabriel Gentil, fãs da cultura coreana e frequentadores de karaokês em São Paulo.
— A ideia surgiu depois de uma viagem. Sempre que podíamos, íamos até lá [SP]. Voltamos e pensamos: por que não trazer isso para Florianópolis? — conta Gabriele.
Já Gabriel, que é formado em Arquitetura e Urbanismo, afirma que a concepção do ambiente foi feita com inspiração em outros ambientes já visitados ou vistos pelo casal.
— Queríamos algo bonito, acessível e bem planejado. Buscamos referências em karaokês coreanos e japoneses, mas adaptamos para a nossa realidade. Muita gente se surpreende quando entra, porque o espaço é pequeno, mas bem organizado e confortável — explica.
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A dupla decidiu empreender pela primeira vez em 2024, quando o estabelecimento foi lançado, apostando em um formato pouco conhecido na região.
— Sabíamos que existia um público que consome cultura asiática e que gostaria de ter essa experiência sem precisar viajar até São Paulo — afirma Gabriele.
Os donos acreditam que o Koreokê representa uma nova alternativa de lazer para a capital catarinense.
— É mais uma opção no roteiro da cidade. Cantar é uma forma de aliviar o estresse, se divertir e se conectar com os outros. Florianópolis tem recebido cada vez mais eventos e lojas voltadas à cultura asiática. O Koreokê se encaixa nisso — diz Gabriel.
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Salas privativas e o conforto de cantar à vontade
O Koreokê Floripa funciona em duas salas privativas, cada uma com capacidade para até 10 pessoas. A proposta é oferecer um ambiente reservado, onde o público possa cantar, brincar e se expressar com mais liberdade.
— A gente brinca que aqui a pessoa só passa vergonha na frente de quem quer. Tem gente que sempre quis cantar, mas nunca teve coragem nos karaokês tradicionais — diz Gabriel.
Esse é o caso de Maria Júlia Soares, estudante de Arquitetura e Urbanismo e residente na Grande Florianópolis, que foi convidada para uma comemoração no local.
— Uma amiga minha me convidou para o aniversário dela e era a primeira vez que eu ouvi falar sobre o Koreokê. Eu já sou amante de cultura coreana, mas sou extremamente tímida para fazer as coisas em público. Exatamente por não ser na frente de um monte de desconhecidos que foi uma experiência bacana — conta a estudante.
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O local também é procurado para Happy Hours e Despedidas de Solteiro, por exemplo. Uma outra possibilidade é reservar as duas salas e utilizar todo o ambiente. Entre um grupo e outro, há uma pausa de 30 minutos para higienização completa das salas.
As reservas podem ser feitas pelo Instagram e WhatsApp do espaço, e o tempo mínimo é de uma hora, embora muitos clientes acabem estendendo a estadia.
— A maioria diz que uma hora é suficiente, mas quase sempre pedem para ficar mais — comenta Gabriele.
Cultura coreana para além do karaokê
Além das salas de canto, o Koreokê Floripa oferece bebidas e petiscos com inspiração coreana, pensados para complementar a experiência. O cardápio inclui opções como hot dog coreano, onigiris (bolinhos de arroz japoneses), snacks e bebidas típicas importadas.
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— Não temos estrutura de restaurante, mas queremos que o público viva algo mais completo. Muita gente vem para cantar, mas acaba pedindo alguma coisinha para comer e ficar mais tempo por aqui — explica Gabriele.
No ambiente externo, há sofás e mesas para descanso, com trilha sonora de K-pop tocando em volume ambiente. A decoração também é temática, com fotos de cantores e grupos coreanos nas paredes.
— A ideia é que o cliente se sinta realmente dentro de um espaço temático, com música, luzes coloridas e um clima divertido — completa Gabriel.
Apesar do nicho, público é diverso
Ao longo dos meses, o Koreokê Floripa conquistou um público variado. Jovens, famílias e até “grupos de idosos” frequentam o local.
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— Durante a semana, recebemos mais adolescentes e jovens. Nos fins de semana, vem gente de todas as idades. Já tivemos grupos de senhoras que cantaram por horas seguidas — conta Gabriele, rindo.
O espaço também desperta curiosidade entre quem não é fã de K-pop ou das novelas coreanas.
— Mesmo quem não é do nicho acaba gostando. Às vezes vem só acompanhar um amigo e sai dizendo que quer voltar. É uma forma de apresentar a cultura coreana de um jeito leve e divertido — diz a dona.
Tecnologia e catálogo de mais de 14 mil músicas
Para garantir uma experiência profissional, o Koreokê utiliza equipamentos importados de São Paulo, semelhantes aos dos karaokês da Ásia. O sistema reúne um catálogo com mais de 14 mil músicas, sendo cerca de 12 mil nacionais e internacionais e outras 2 mil asiáticas.
— Não queríamos depender do YouTube. Investimos em um sistema profissional que atualiza o repertório todo mês. Assim, o público tem acesso a músicas novas e de vários estilos, de pop e sertanejo a K-pop e rock internacional — explica Gabriel.
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O próximo passo, segundo eles, é trazer um equipamento coreano original, o mesmo usado em karaokês da Coreia do Sul, que ainda é difícil de encontrar no Brasil.
— Queremos oferecer uma experiência ainda mais completa, e quem sabe ampliar o espaço com uma sala maior no futuro — diz Gabriele.
Desafios e aprendizados de empreender em um nicho
O Koreokê Floripa é administrado apenas pelos dois fundadores, que cuidam de tudo: atendimento, limpeza, administração e redes sociais.
— Empreender já é um desafio por si só e, em um nicho específico, mais ainda. Estamos aprendendo o tempo todo, atualizando nossos conhecimentos e adaptando o negócio — explica Gabriele.
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Apesar das dificuldades, os dois afirmam que o retorno do público é o que mais motiva.
— Ver as pessoas se divertindo, sorrindo e saindo daqui dizendo que foi a melhor experiência da vida é o que faz tudo valer a pena — diz Gabriel.










