Uma operação coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou a atuação de uma organização criminosa especializada em fraudes digitais que movimentou mais de R$ 2,6 milhões em transações suspeitas. A ação, deflagrada nesta quinta-feira (6), também é investigada na região Sul do país, em seis municípios do Rio Grande do Sul e em uma cidade de Santa Catarina. A informação sobre quais cidades estão envolvidas não foi divulgada.

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Segundo a investigação, o grupo utilizava aplicativos de mensagens para abordar vítimas, empregando técnicas de intimidação psicológica. Entre os recursos usados estavam imagens de armas de fogo e ameaças direcionadas a familiares, além da exposição de dados pessoais sensíveis para reforçar o poder de coação. A falsa associação a facções criminosas era uma estratégia recorrente para aumentar o impacto das ameaças e induzir transferências via Pix.

Com base em provas obtidas por meio de inteligência financeira e quebra de sigilo autorizada pela Justiça, foram expedidos mandados de prisão preventiva contra os principais articuladores do esquema. Os crimes investigados incluem extorsão, lavagem de dinheiro e associação criminosa voltada à prática de fraudes digitais, cujas penas podem ultrapassar 28 anos de prisão.

A investigação teve início em janeiro de 2024, após uma vítima realizar duas transferências que somaram R$ 1 mil. A partir disso, os investigadores identificaram um padrão de atuação que envolvia ocultação de valores por meio de contas interpostas, movimentações fracionadas e vínculos familiares entre os envolvidos.

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