O influenciador digital e ex-BBB Nego Di foi preso na manhã deste domingo (14) em Jurerê Internacional, em Florianópolis. A investigação, conduzida pela Polícia Civil, apura uma suspeita de estelionato. Ele e a esposa, Gabriela Sousa, também são investigados por lavagem de dinheiro e fraude após a promoção de rifas virtuais ilegais nas redes sociais, pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

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O mandado de prisão preventiva foi cumprido neste domingo. Conforme a Polícia Civil, ele é suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual da qual é proprietário. Os fatos teriam ocorrido em 2022.

A investigação atualmente mapeou 370 pessoas que teriam sido lesadas, o que resultaria em um prejuízo de R$ 330 mil, mas a suspeita é de que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a ele passaria de R$ 5 milhões.

Na sexta-feira (12), ele já tinha sido alvo de mandados de busca e apreensão na capital catarinense. Essa investigação, feita pelo MP, apura suspeita de lavagem de dinheiro por meio de promoção de rifas virtuais. O casal é suspeito de fazer rifas com premiações em dinheiro e bens de alto valor que não teriam sido entregues aos ganhadores.

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Durante as diligências, Gabriela foi presa em flagrante pela posse de uma arma sem registro, de uso restrito das forças armadas. Ainda pela manhã, a mulher pagou R$ 14,1 mil de fiança e foi solta.

A pistola foi encontrada no imóvel enquanto a Polícia Militar, em conjunto com o MPRS, atuava na operação. A arma estava dentro de uma bolsa, no closet de um quarto de casal. Além disso, foram encontradas 12 balas e uma mira a laser com lanterna.

Veja fotos das apreensões durante a operação

Investigação por lavagem de dinheiro e fraude

Anderson Boneti, sócio de Nego Di na empresa, foi preso preventivamente na Paraíba em 25 de fevereiro de 2023, mas solto dias depois. De acordo com as investigações, a loja dos dois, “Tadizuera”, operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022, quando foi retirada do ar.

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Enquanto ficou ativa, Nego Di divulgava a loja nas redes sociais, mostrando produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, com valores abaixo do mercado. Seguidores compraram os itens, mas nunca os receberam.

A investigação da Polícia Civil aponta que não havia estoque da loja, e o influenciador enganou os clientes prometendo, que as entregas seriam feitas. Ainda assim, movimentou dinheiro que entrava nas contas bancárias da empresa.

O prejuízo dos 370 clientes já identificados pode passar dos R$ 330 mil. No entanto, com as movimentações milionárias, a suspeita é que mais pessoas possam ter sido vítimas.

Rifas ilegais e buscas em Santa Catarina

O Ministério Público ainda aponta que Nego Di e a esposa faziam rifas ilegais, prometendo premiações em dinheiro e bens de alto valor, que também não eram entregues aos ganhadores. De acordo com o MP, a ação configura lavagem de dinheiro.

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Durante as diligências em Santa Catarina, de acordo com o promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, além da apreensão de munições e da arma, dois veículos de luxo do casal foram bloqueados, além de uma quantidade em dinheiro. O valor, no entanto, não foi informado.

À reportagem, os advogados Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula, que representam os influenciadores, afirmaram na sexta-feira (12) que não tiveram acesso aos autos do inquérito e que “inocência dos investigados será provada em momento oportuno”.

Confira a nota na íntegra

“A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados.

Esclarecemos ainda que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno, conforme o devido processo legal. A defesa reitera a importância do princípio da presunção de inocência e solicita que quaisquer informações sejam divulgadas com responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais.

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Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula“.

Nego Di se manifesta antes da prisão

No sábado (13), Nego Di se manifestou nas redes sociais sobre as investigações. Ele afirmou que estava bem e que estava preparado para o que aconteceu. “Nós sabíamos que iria acontecer mais cedo ou mais tarde, e todo mundo sabe o porque do que aconteceu ontem. Muito obrigado por todas as mensagens de carinho, e podem ter certeza de que, meu trabalho e minha vida, não vão parar”, diz o texto.

Veja a manifestação na íntegra

*Com informações do g1.

Errata: a reportagem havia informado que o influenciador foi preso por conta da investigação que apura a suspeita de rifas ilegais. No entanto, a prisão envolveu outra investigação contra ele. A matéria foi atualizada em 15 de julho às 8h16min

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