O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, negou ter dado ordens de operações para barrar eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. A fala ocorreu em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que investiga a tentativa de golpe após as eleições. As informações são do Estadão.

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Vasques citou números da operação feita no dia do segundo turno para alegar que não houve interesse em favorecer o então presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-diretor afirmou que foram abordadas 28 mil pessoas, o que não teria interferência em um universo de 150 milhões de eleitores.

O ex-diretor da PRF também alegou que em janeiro deste ano a corporação teria abordado na mesma região 321 ônibus, número similar ao ano da eleição. Vasques também negou ter cometido irregularidades na ocasião.

— Não fiz nada de errado. Se trabalhei, foi para cumprir ordens do ministro da Justiça — afirmou.

Silvinei nega participação em atos de 8 de janeiro

Silvinei Vasques também negou participação nos ataques aos prédios públicos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo o ex-diretor da PRF, ele estava em Santa Catarina no dia dos atos.

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— Faço aniversário no dia 9 de janeiro. Estava em casa fazendo churrasquinho lá em casa com meus amigos — disse.

Ele também afirmou que durante sua gestão não houve interferência política na corporação.

— Não participei de organização. Fui cuidar da minha vida. Não sei de documento, não participei de nada — afirmou.

Silvinei Vasques comandou a PRF durante a gestão de Jair Bolsonaro. Atualmente, ele é secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis. Silvinei é natural de Ivaiporã (PR), mas foi superintendente da PRF em Santa Catarina e já havia sido secretário de Segurança Pública de São José durante a gestão do prefeito Fernando Elias.

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