O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e ex-secretário de São José, Silvinei Vasques, foi preso nesta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar em um voo com destino a El Salvador, segundo a Polícia Federal (PF). As informações são da colunista Andreia Sadi, do g1.

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Silvinei tentou romper tornozeleira

Ainda conforme apurado por Andreia Sadi, Silvinei rompeu a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina, deixou o Brasil sem autorização judicial e seguiu para o Paraguai. Assim que o rompimento do equipamento foi identificado, foram disparados alertas nas fronteiras e acionada a adidância brasileira no país vizinho.

Silvinei estaria usando um passaporte paraguaio original, mas que não correspondia à sua identidade. Ao tentar sair do aeroporto, Silvinei foi abordado e preso pelas autoridades paraguaias.

Após a detenção, ele foi identificado, colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai e deverá ser expulso do país, com entrega às autoridades brasileiras.

Ao NSC Total, a defesa de Silvinei informou que tomou conhecimento da prisão nesta manhã. “Não tenho detalhes do ocorrido. Tenho conhecimento que já atua um advogado paraguaio na tutela dos interesses dele no país vizinho”, disse o advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão.

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Condenado pelo STF a 24 anos e seis meses

No último 16 de dezembro, Silvinei foi condenado a 24 anos e seis meses por envolvimento em cinco crimes durante a trama golpista pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a acusação, ele integrou o chamado “núcleo 2” da organização criminosa e atuou para impedir a votação de eleitores, especialmente no Nordeste, por meio de operações da PRF no segundo turno das eleições.

No mesmo dia da condenação, Silvinei Vasques solicitou exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis.

Quem são os condenados do núcleo 2 da trama golpista

Confira as penas do núcleo 2 da trama golpista

  • Mário Fernandes, general da reserva, ex-secretário-geral da Presidência e aliado próximo a Bolsonaro  

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26 anos e 6 meses de prisão (a pena se divide em 24 anos de reclusão, iniciado em regime fechado, e 2 anos e 6 meses de detenção, mais 120 dias-multa, com cada dia-multa no valor de um salário-mínimo) 

  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal e atual secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, na Grande Florianópolis   

24 anos e 6 meses de prisão (a pena se divide em 22 anos de reclusão e 2 anos e seis meses de detenção, mais 120 dias-multa, com cada dia-multa no valor de um salário-mínimo) 

  • Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro   

21 anos de prisão (a pena se divide em 18 anos e seis meses de reclusão e 2 anos e seis meses de detenção, mais 120 dias-multa, com cada dia-multa no valor de um salário-mínimo) 

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  • Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais do ex-presidente   

21 anos de prisão (a pena se divide em 18 anos e seis meses de reclusão e 2 anos e seis meses de detenção, mais 120 dias-multa, com cada dia-multa no valor de um salário-mínimo)   

  • Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres 

8 e 6 meses de prisão (a pena é toda de reclusão, com mais 40