O ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida foi indiciado pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (14), por importunação sexual e assédio. O inquérito, que tramita sob sigilo, é relatado pelo ministro André Mendonça, que enviará o caso para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo informações do g1.
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Silvio, que foi ministro do governo Lula, foi demitido em setembro de 2024 após a revelação de denúncias de assédio sexual apresentadas à ONG Me Too Brasil. Entre as mulheres que o acusam está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Anielle prestou depoimento à Polícia Federal e relatou, ao programa Fantástico, que as importunações iniciaram ainda em 2023 e se estenderam por cerca de um ano. Em um dos episódios, segundo ela, o ex-ministro a teria tocado por baixo da mesa durante uma reunião de trabalho em maio de 2023, da qual também participava o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
— A importunação durou alguns meses, assim, mais de ano, na verdade. Começa com falas e cantadas mal postas, eu diria. E vai escalando para um desrespeito pelo qual eu também não esperava. Até situações que mulher nenhuma precisa passar, merece passar ou deveria passar — disse Anielle ao Fantástico.
Silvio Almeida nega todas as acusações. À época da divulgação das denúncias, ele publicou uma nota no site do Ministério dos Direitos Humanos e um vídeo nas redes sociais, afirmando repudiar “mentiras e falsidades” disseminadas contra ele.
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Após a abertura do inquérito, a defesa do ex-ministro informou que não irá se manifestar.

