O inquérito policial que investigou uma família suspeita de integrar um esquema milionário de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar foi concluído nesta semana em Campos Novos, no Meio-Oeste de Santa Catarina.
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Segundo a apuração da Polícia Civil, o pai seria o chefe da organização, que contava com a participação direta da esposa e dos filhos, todos estariam envolvidos na movimentação de mais de R$ 24 milhões entre 2015 e 2023.
Estrutura criminosa
A investigação teve início em 2019, com o objetivo de apurar a prática dos crimes. As investigações apontaram que o grupo atuava de forma estruturada, usando empresas de fachada e contas bancárias para disfarçar os lucros obtidos principalmente com o jogo do bicho e com a prática de agiotagem.
O dinheiro era reinvestido em imóveis e veículos de luxo, caracterizando as etapas clássicas da lavagem de capitais: colocação, dissimulação e integração.
Operação Patriarca
A investigação resultou na Operação Patriarca, deflagrada em maio deste ano em Campos Novos e em Goiânia (GO). Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências e estabelecimentos ligados aos suspeitos.
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A operação apreendeu carros de alto padrão, dinheiro em espécie, máquinas de cartão, cheques, notas promissórias e material relacionado ao jogo do bicho. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 8,34 milhões em contas bancárias, além da apreensão de 10 veículos e 11 imóveis pertencentes à família investigada.
Com base nas provas reunidas, os envolvidos foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, usura e exploração de jogos de azar. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário.
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