Resiliente, amoroso e altruísta. É assim que Fabiana Brittes Piana vai se lembrar do pai, Celso Luiz Brittes, empresário, proprietário e comandante do Barco Príncipe de Joinville, que morreu na terça-feira (6), aos 70 anos, em Joinville. Segundo a família, ele foi vítima de câncer. Visionário, o empreendedor abriu portas para o turismo no bairro Espinheiros.
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
Empresário era proprietário do Barco Príncipe de Joinville
Filha caçula do empresário, ela conta que o sonho do pai era ter um barco, paixão que foi desenvolvida na infância, já que Celso teve contato com barcos de pesca quando era criança, através de familiares.
— Ele sempre foi apaixonado pelo mar e por barcos, praticamente se criou no mar — revela Fabiana.
Continua depois da publicidade
A paixão levou o empresário a transformar um pequeno barco pesqueiro em um belo passeio pela Baía da Babitonga. Em 1988, o Barco Príncipe de Joinville I foi construído e adaptado para o turismo, com capacidade para até 60 pessoas.
— Foi incrível a visão de empreender dele, olhar para a Baía da Babitonga e enxergar que tinha uma oportunidade para explorar as belezas em um passeio de turismo — disse a filha.
Dois anos depois, o empresário adquiriu o Barco Príncipe de Joinville II, uma embarcação tipo escuna, com capacidade para 30 pessoas, que operava principalmente no verão, por conta da alta demanda.
As duas embarcações funcionaram até 1998, quando Celso inaugurou o Barco Príncipe de Joinville III. Com capacidade para 417 pessoas, o barco tipo iate tem capacidade para operar em quaisquer condições climáticas e horários, e é a embarcação que opera até os dias atuais como atração turística, com navegação pela Baía da Babitonga, por entre ilhas do arquipélago.
Continua depois da publicidade
Ainda no Espinheiros, o empresário abriu o restaurante Lagoa Pescados y Mariscos, que serve uma variedade de frutos do mar.
— Ele foi muito feliz com o Príncipe III e gostaria de ter feito o Príncipe IV. O pai abriu portas para o turismo e explorou a atividade no Espinheiros. Depois dele, diversos outros restaurantes foram abrindo e hoje é conhecido como um local turístico de Joinville — lembra Fabiana.
Pai presente e profissional admirado
Seja em casa ou no trabalho, Celso Luiz será lembrado por familiares e amigos como uma pessoa dedicada, humilde e companheira. Segundo Fabiana, uma das qualidades que mais chamava atenção era a compaixão do pai.
— Meu pai procurava ajudar todo mundo, nunca negou ajuda a ninguém. Ele sempre foi uma pessoa muito presente, amorosa e resiliente. Vai deixar muita saudade, as conversas que eu tinha com ele. Eu devo tudo que tenho a ele, por tudo que ele me ensinou — disse a filha.
Continua depois da publicidade
Companheiro de trabalho por 25 anos, Wilmar Aguiar, que atua como animador do Barco Príncipe, revela que tinha admiração por Celso e vai guardar na memória as lembranças com o capitão.
— Sou eternamente grato a ele. Nunca tivemos nenhuma discussão, sempre me deu a liberdade de fazer como eu queria. Aprendi muito com ele e sempre admirei. Nunca fui de ir na cabine, mas quando ia, eram só risadas. Ele deixa o grande nome do Barco Príncipe de Joinville — lembrou Aguiar.
Leia também
“Vai deixar saudades”: quem era o idoso que morreu em acidente de moto na SC-418