A briga entre Emicida e Evandro Fióti, irmãos e sócios na produtora Laboratório Fantasma, causou polêmica no universo do rap e nas redes sociais nas últimas semanas. Neste domingo (6), Fióti deu entrevista exclusiva ao Fantástico em que negou as acusações de saques indevidos e comentou o rompimento com o irmão. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
A polêmica ganhou força após o vazamento de uma informação do processo em que Emicida acusa Fióti de fazer saques indevidos no valor de R$ 6 milhões sem avisá-lo. A discussão ganhou força na imprensa após a divulgação da ação judicial.
— Não, não fiz. Todas as transferências para ambos os sócios, e a divisão de lucros desses 16 anos, sempre foram feitas seguindo os ritos de governança da área administrativa e financeira. Eu não trabalhei de maneira antiética em nenhuma vez da minha vida — disse Fióti à TV Globo.
O produtor afirmou que já percebia um distanciamento com o irmão Emicida desde 2017 e 2018. No fim de março, os dois divulgaram nas redes sociais que iriam seguir caminhos diferentes. Emicida divulgou um comunicado aos fãs: “A partir desta data, Evandro Fióti não representa mais os interesses da carreira artística de Emicida”. Na mesma data, Fióti anunciou “uma nova fase de sua trajetória profissional”.
Continua depois da publicidade
— Eu acredito que a gente construiu coisas muito relevantes, mas chegou um momento que isso se esgotou — disse Fióti.
— Eu tenho muita saudade do Leandro que se emocionava quando eu tocava violão. Aquela foi a energia que possibilitou que a nossa família construísse uma empresa para impulsionar os nossos sonhos — disse Fióti na entrevista.
A Laboratório Fantasma foi uma empresa criada em 2010 para agenciar a carreira de Emicida. Ao longo dos anos, a empresa passou a lançar também outros artistas do universo do rap.
Pelo contrato, Emicida e Fióti tinham 50% da empresa cada. Em 2014, uma alteração contratual deu a Emicida 90% da empresa principal, deixando Fióti apenas com os 10% restantes. A administração ficou com Emicida, mas os sócios poderiam fazer uma retirada mensal, considerada uma espécie de salário.
Continua depois da publicidade
Em dezembro, Emicida e FIóti firmaram um acordo para repartir os bens. Fióti continuou na gestão, mas Emicida teria se surpreendido com transferências feitas pelo irmão.
— Ele foi avisado [da transferência]. Existe um e-mail dentro dos nossos e-mails institucionais e corporativos, existem evidências disso internamente, de que ele sabia — diz Fióti. Em vídeo divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, Emicida disse em uma reunião que concordaria com os saques feitos por Fióti.
O que diz Emicida
A defesa do cantor Emicida disse que a gravação foi tirada de contexto. Em março deste ano, os advogados de Emicida informaram que ele revogou todos os poderes para que Fióti atuasse como procurador da empresa.
Emicida divulgou uma nota em que afirmou ter sido surpreendido pelo processo judicial proposto pelo irmão enquanto eles negociavam amistosamente mudanças no modelo de trabalho. Em nota, Emicida reforçou que a Justiça já negou por duas vezes os pedidos feitos por Evandro nesse processo por não ter visto fundamento.
Continua depois da publicidade
“Estou muito triste de ter que passar por tudo isso. Não quero e não vou espetacularizar essa situação, minha família, que eu amo tanto. Peço que meus fãs, amigos e parceiros compreendam este momento difícil. Deixarei que os advogados tratem do assunto daqui pra frente e torço para que nada disse precise continuar acontecendo”, disse na nota.
*Sob supervisão de Jean Laurindo
Leia também
Estátua gigante de Jesus faz cidade do Sul do Brasil desbancar o Cristo Redentor
Renato Aragão com Alzheimer? Esposa fala sobre saúde do humorista após boatos