Com aumento de casos ativos de Covid-19, Florianópolis entrou em nível vermelho de risco para o vírus. Atualmente, a cada cinco testes feitos para detectar a doença, um dá positivo, segundo a Secretaria da Saúde de Santa Catarina informou ao NSC Notícias.

Continua depois da publicidade

​> Receba as principais notícias de Florianópolis e região pelo WhatsApp

De acordo com o Painel do Coronavírus do Governo do Estado, atualizado nesta quarta-feira (1º), a Capital tem 1.987 casos ativos. Em todo o Estado, o número chega a 12.653, aumento de 168% se comparado com 1º de maio.

Emergências de SC seguem com sobrecarga, e pacientes relatam demora: “Não deram previsão”

O nível vermelho na região é um alerta para o número de casos ativos em ascensão e aumento na ocupação de leitos de UTI. Depois do pico de casos motivado pela variante ômicron durante dezembro e janeiro, o número de casos teve uma queda e então ficou estabilizado. Em março, apenas 9% dos testes tinham resultado positivo, já em maio, essa porcentagem subiu para 20%. Esse dado inclui pessoas que positivaram para a Covid assintomáticos. 

Continua depois da publicidade

De acordo com a epidemiologista da UFSC Alexandra Boeing, a decisão do governo do Estado, de retirar a obrigatoriedade das máscaras em março, foi precipitada. 

— [Quando o Estado desobrigou o uso de máscaras] os municipios poderiam manter a obrigação, mas Florianópolis optou por seguir essa recomendação. Não faz sentido e nunca fez abrir mão de uma medida que é muito efeitva, tem baixo custo coletivo, e é muito importante pra essa proteção — defende. 

> Florianópolis cogita volta da obrigatoriedade do uso de máscaras nas escolas

Outro assunto que preocupa a prefeitura é a cobertura vacinal – apenas cerca de 68% dos moradores da Capital receberam a dose de reforço do imunizante contra Covid. A última morte pela doença ocorreu há uma semana. A vítima é um idoso que não havia tomado o reforço.

— Estamos com muitos idosos sem a primeira dose de reforço. E todos os idosos deveríamos estar com a segunda dose de reforço. E a população abaixo de 50 anos, inclusive os adolescentes precisam da dose de reforço. Sem esse reforço na imunidade, com os casos aumentando, vai aumentar proporcionalmente o número de internações e mortes nas próximas semanas — alertou Ana Cristina Vidor, gerente da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis. 

Continua depois da publicidade

> ​Maioria das crianças que aguardam leitos de UTI em SC está com doenças respiratórias

O aumento de casos de Covid e de outras doenças respiratórias tem sido percebido nos hospitais. As emergências da Capital e de outras cidades de Santa Catarina estão sobrecarregadas

— O vírus que mais provoca impacto em internações e morte é o coronavírus, indiscutivelmente. Mas o influenza é outro vírus bastante preocupante, que, principalmente em idosos, gestantes e crianças, acaba gerando casos mais graves. E pra esses dois vírus nós temos vacinas, disponíveis em todos os postos de Florianópolis — finalizou. 

Leia também

Média de casos de Covid sobe 48% e Brasil chega a 31 milhões de infecções

Dengue, gripe e Covid-19 sobrecarregam emergências de hospitais em SC