Uma força-tarefa foi montada para investigar o incêndio que atingiu a fábrica de bicicletas da Mormaii, no prédio do antigo Celeiro do Vale, em Blumenau. O grupo de trabalho é formado por peritos e especialistas da Defesa Civil, Polícia Cinetífica, Polícia Civil e Bombeiros Militares. A rua da empresa, que sofre interdições desde o ocorrido, deve ser liberada apenas depois que a perícia garantir que não há risco de desabamentos das paredes próximas à via.
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Conforme o protocolo adotado em todos os incêndios em edificações, os bombeiros militares iniciaram a perícia para explicar não só a causa, como analisar os sistemas preventivos, a ação da corporação e outros estudos. Porém, por ser uma ocorrência histórica, outras instituições somam esforços com os socorristas para uma avaliação aprofundada.
Uma equipe especializada da Polícia Penal de Santa Catarina está em Blumenau para a perícia, que deve terminar entre esta quarta e quinta-feira, afirma a Polícia Penal. Eles farão imagens aéreas e exames internos.
A área de 33 mil metros quadrados destruída pelas chamas, no bairro Salto do Norte, apresentava perigo desde o combate ao fogo na última quinta-feira (7). O risco de desabamentos foi um dos principais empecilhos para eles durante as mais de 20 horas de trabalho.
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Engenheiros contratados pelas duas empresas que ocupavam o espaço devem ser autorizados a entrar no local ainda nesta tarde. Eles terão o papel de confirmar a análise preliminar da Defesa Civil, que mostrou haver risco de queda das paredes. Assim, o trânsito da Rua Pomerode, que está interditado por conta disso, só será liberado depois da decisão de demolir ou não as estruturas.
Além disso, a equipe precisa apresentar o cronograma de ações para acompanhamento da Defesa Civil.
Perigo no trânsito
O repórter da NSC TV, Felipe Sales, mostrou que o bloqueio na rua, que é paralela à BR-470, tem resultado em infrações de trânsito. Para os moradores poderem seguir em sentido ao bairro Salto do Norte, é preciso voltar à rodovia e fazer um retorno.
No entanto, quem não tem paciência de cumprir essa regra, atravessa por um pequeno barranco. Ou então tira os cones da rua e ignora a interdição. Sabendo disso, a Defesa Civil pediu agilidade na decisão sobre a demolição ou não das paredes.
O que diz a empresa
Em nota, a Free Action, empresa que monta as bicicletas Mormaii, explicou que possui cerca de 160 funcionários e que passou os últimos cinco com a fábrica instalada no local do incêndio. No momento, a empresa faz o levantamento das perdas e o plano de retomada. A instituição aguarda o resultado das investigações e o laudo pericial.
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