A forte chuva que atingiu Santa Catarina causou alagamentos em vários pontos de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu na manhã desta terça-feira (9). Os fenômenos são efeitos do ciclone extratropical que afeta a região Sul do Brasil.

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De acordo com a Epagri/Ciram, Palhoça foi a cidade que mais registrou chuva nas últimas seis horas: 97,2 milímetros, conforme atualização das 10h30min.

Depois, os maiores volumes ocorreram em Biguaçu (86,2 mm); Imaruí (79 mm); na região continental de Florianópolis (67,2 mm) e Antônio Carlos (63,2 mm).

Veja fotos da chuva

Florianópolis teve desabamento e alagamentos

Na Capital, houve um desabamento parcial de duas casas na Rua Professor Anacleto Damiani, no Centro. As duas unidades, que ficam no mesmo terreno, não estavam habitadas e não oferecem risco à vizinhança. O local foi vistoriado pela Defesa Civil, que deve desmontar a estrutura após a melhora do tempo.

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Também houve alagamentos na região central e continental. A Curva das Bandeiras chegou a ter cerca de meio metro de alagamento por volta das 7h30min, conforme a prefeitura. No mesmo horário, a rua de acesso ao Morro da Cruz, na região central da cidade, virou uma “cachoeira”, com boeiros vertendo e água escorrendo morro abaixo.

De acordo com a prefeitura, foi registrada a queda de uma árvore sobre rede de energia na Vargem Pequena, com rompimento de fiação. Ocorrência também com árvores na Rodovia Baldicero Filomeno, na altura da Caeira da Barra do Sul, onde galhos caíram sobre a pista

Vídeo mostra “cachoeira” no Morro da Cruz

Situação em São José

São José teve vários pontos de alagamentos. No bairro Campinas, houve registros na Av. Josué di Bernardi com a Rua Irmãos Vieira está abaixo de água, assim como a Av. Presidente Nereu Ramos.

A região do viaduto Calegari, que dá acesso ao bairro Areias, também teve alagamento, conforme a prefeitura.

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De acordo com a Guarda Municipal, o túnel do shopping Itaguaçu, no acesso a Rua Koesa está completamente bloqueado devido ao alto volume de água. Não há informações sobre a liberação do local.

Situação em Biguaçu

Em Biguaçu, os maiores alagamentos ocorreram no bairro Rio Caveiras, próximo ao limite com São José. Por volta das 10h, conforme a prefeitura, a água já estava escorrendo.

Na BR-101, no Km 186 sentido Norte, a faixa da direita chegou a ser interditada devido ao excesso de acúmulo de água. Não há informações sobre a liberação.

Situação em Palhoça

Em Palhoça, houve alagamento no bairro São Sebastião. Na Rua Paulo José de Souza, moradores relataram que tiveram a casa alagada.

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Na BR-101, duas faixas chegaram a ser interditadas devido ao acúmulo de água, na subida do Morro dos Cavalos. A situação já havia sido normalizada por volta das 8h30min.

Quase 4 mil unidades ficaram sem luz na Grande Florianópolis

Segundo a Celesc por volta das 8h50min, 3.789 unidades consumidoras da Grande Florianópolis estavam sem luz. No Bairro Campeche, houve mais de 2 mil quedas de luz devido à chuva intensa. A Celesc informou que já normalizou o atendimento.

Em Palhoça, um alimentador apresentou falha na área do Aririú no momento das fortes chuvas. As equipes da Celesc foram acionadas prontamente e o fornecimento já foi restabelecido.

Aulas suspensas

O Governo do Estado suspendeu as aulas na rede estadual de ensino, assim como mais de 70 prefeituras, que cancelaram as atividades no ensino infantil e fundamental. Universidades como a UFSC, IFSC e Udesc também cancelaram as aulas presenciais.

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O que esperar das próximas horas

Nas próximas horas, a formação de ciclone extratropical sobre o RS segue mantendo a condição para chuva persistente e por vezes intensa, associada à circulação marítima ao longo de todo Litoral, oferecendo risco alto a muito alto para ocorrências associadas à alagamentos e enxurradas.

No interior do Estado, há condições para temporais isolados, que começa pelo Grande Oeste e avançam para as demais regiões posteriormente, oferecendo risco moderado a alto para ocorrências associadas.

Os ventos do quadrante Nordeste também se intensificam ao longo do dia na costa com rajadas entre 55 e 75 km/h, oferecendo risco moderado a pontualmente alto para ocorrências associadas.

O que recomenda a Defesa Civil

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