Contraste de cores chama atenção em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Uma cidade de Santa Catarina pode ser a única no mundo a ter um encontro geológico raro, que resulta em um curioso contraste de cores às margens do oceano. É Barra Velha, no Litoral Norte catarinense, que ostenta o costão das pedras brancas e negras, ponto que atrai curiosos e virou atração turística. O que poucos sabem é que a história por trás da beleza natural é tão interessante quanto poder apreciar o fenômeno.
De um lado, está a Praia do Sol. De outro, a Praia da Barrinha. Separando as duas há um costão e uma pequena passarela. Até aí, nada de diferente para uma cidade litorânea. O que chama atenção, porém, são as cores das pedras. Os 200 metros de extensão de rochas escuras, chamadas de ultramáficas, de repente acabam e dão lugar aos 130 metros de um material claro, os blocos de quartzo leitoso.
Os nomes são difíceis, mas basicamente significam que as pedras negras contêm 90% de minerais ricos em ferro e magnésio — o que explica a cor escura —, e as outras são formadas principalmente pelo quartzo. Elas surgiram em tempos diferentes, explica o geólogo Jonathan Silvestrini Lopes. Primeiro vieram as pretas, em uma época que mal havia vida na terra, há aproximadamente 2,8 bilhões de anos, na Era Neoarqueana.
Veja fotos do costão
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
Costão de pedras brancas e negras em Barra Velha (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total)
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A raridade começa já no surgimento das ultramáficas. Como elas se formaram em profundidades próximas ao manto terrestre, foram necessárias muitas movimentações tectônicas para trazê-las à superfície. Essas rochas são as mais antigas que se tem registro em Santa Catarina, estão entre as mais velhas do mundo e podem ser encontradas em outras cidades.
No caso do costão, o que impressiona o geólogo é que as pedras não tiveram grandes alterações nas características originais mesmo com todo esse processo de “saída” do interior do planeta. Há 541 milhões de anos, quando as ultramáficas já compunham o cenário em Barra Velha, movimentações tectônicas e outros fatores contribuíram para o surgimento das pedras brancas.
— Não temos conhecimento de que haja a mesma rocha negra em contato com um veio de quartzo de grandes dimensões em outro costão no Brasil e outros países — revela o geólogo.
Conforme o tempo vai passando, essas rochas vão sofrendo desgastes naturais, rolando em direção ao mar. Pode ser que daqui a milhares de anos o cenário já não seja o mesmo. Porém, muitas gerações ainda poderão ver esse fenômeno geológico tão raro. Jonathan, que trabalha na Fundação do Meio Ambiente de Barra Velha, diz que há a intenção de colocar nas proximidades uma placa informativa para que todos saibam que estão diante de um “local ímpar no Estado, Brasil e no mundo”.
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Vídeo mostra as pedras brancas e negras de Barra Velha
Fotos revelam passado “pacato” de Balneário Camboriú
Veja fotos antigas da “Dubai brasileira”.
Hotel em Balneário Camboriú após ter servido de Quartel General na Segunda Guerra Mundial, década de 1940 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Hotel em Balneário Camboriú (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Praia Central, década de 1970 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Hotel Fischer, na Avenida Atlântica, década de 1970 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Lance de tainha em maio de 1973 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Cidade em 1984 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Ponte Pênsil, no bairro Vila Real, que teve como modelo a Ponte Hercílio Luz, no ano de 1990 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga mostra como era a cidade antigamente (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga mostra como era Balneário Camboriú antigamente (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga mostra como era Balneário Camboriú antigamente (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga mostra como era Balneário Camboriú antigamente (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga mostra como era Balneário Camboriú antigamente (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Avenida Atlântica (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga mostra Pontal Norte em Balneário Camboriú (Foto: Clube dos Entas de Itajaí)
Vista aérea de Balneário Camboriú em 1980 (Foto: Maiko Nienkotter)
Praia Central em 1968 (Foto: Arquivo histórico em Balneário Camboriú)
Foto mostra como era Balneário Camboriú em 1980 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Balneário Camboriú em 1978 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Guarda-vidas de Balneário Camboriú do passado (Foto: Corpo de Bombeiros)
Pesca de arrasto (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Avenida Atlântica na década de 1950 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Verão na década de 1940 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga de Balneário Camboriú (Foto: Divulgação)
Pontal Sul em Balneário Camboriú, sem data (Foto: Clube dos Entas de Itajaí)
Banhistas na década de 1930 (Foto: Lorena)
Avenida Atlântica em 1970 (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Dia de sol em 1982 (Foto: Arquivo pessoal)
Verão da década de 1960 (Foto: Acervo)
Praia das Laranjeiras, em 1977 (Foto: Antonio Ubirajara Rosa)
Praia das Laranjeiras em 1992 (Foto: Antonio Ubirajara Rosa)
Praia das Laranjeiras em 1992 (Foto: Antonio Ubirajara Rosa)
Praia das Laranjeiras, sem data (Foto: Antonio Ubirajara Rosa)
Verão em 1970 (Foto: Arquivo pessoal)
Bairro da Barra, sem data (Foto: Clube dos Entas de Itajaí)
Foto antiga mostra como era Balneário Camboriú antigamente (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga mostra como era Balneário Camboriú antigamente (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga mostra como era Balneário Camboriú antigamente (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)
Foto antiga mostra como era Balneário Camboriú antigamente (Foto: Arquivo histórico de Balneário Camboriú)