Meia Praia em uma época muito menos badalada em relação aos dias atuais (Foto: Paulo Roberto Campos, Arquivo Pessoal)
Os carros circulando pela areia, a venda de peixes na orla e os pequenos hotéis à beira-mar são cenas que ficaram no passado de Itapema. As imagens do Arquivo Histórico e do acervo do Jornal de Santa Catarina refletem uma cidade tradicionalmente açoriana, que quando foi fundada, em 1962, nem imaginava se tornar dona da maior valorização imobiliária do país, segundo o índice FipeZap.
Algumas das fotos, aliás, são de quando Itapema ainda fazia parte de Porto Belo. É o caso do hotel Beira Mar. No registro feito em 1958, era um casarão de dois andares em madeira. Outra imagem bucólica relembra a venda de peixes na beira do mar, no ano de 1956. A emblemática enchente de 1983, que assolou grande parte de Santa Catarina, também atingiu Itapema e causou destruição (confira na galeria abaixo).
Os registros das construções às margens das praias chamam atenção: no começo casas simples, com espaço de vegetação. Aos poucos, as fotos vão mostrando o surgimento dos prédios e a orla cheia de visitantes. Dados do IBGE apontam que em 1970, primeira década do município autônomo, 3,4 mil moravam em Itapema. Dez anos depois, o número saltou para 6,5 mil, quando o turismo se fortaleceu.
Atualmente, a cidade tem 75,9 mil habitantes, mas chega a receber 1 milhão de turistas na temporada de verão. Não à toa, Itapema virou a nova “febre” do mercado imobiliário nacional e passou a atrair grandes investidores de todo o país. O metro quadrado na cidade alcançou R$ 12.292, com uma valorização fora da curva, na casa dos 19,6% em um ano.
Continua depois da publicidade
A título de comparação, é o segundo município com o metro quadrado mais caro do Brasil. Itapema só perde para Balneário Camboriú, e por uma diferença minúscula de R$ 283.