Uma onda de frio extremo avança sobre o Brasil e acende um alerta para a saúde da população. Com temperaturas que podem chegar a 4 °C — e sensação térmica perto de 1 °C em algumas regiões —, o risco de doenças e complicações graves aumenta, especialmente entre idosos, crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade.
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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já emitiu avisos de declínio acentuado de temperatura para os próximos dias, com possibilidade de neve em pontos isolados da Serra Catarinense e Gaúcha.
Quais os riscos para a saúde?
O frio intenso não é só desconforto: ele pode causar ou agravar problemas de saúde, como:
- Doenças respiratórias: gripes, resfriados, crises de asma, bronquite e pneumonias.
- Complicações cardiovasculares: aumento da pressão arterial, risco de infarto e AVC.
- Hipotermia: quando a temperatura corporal cai abaixo de 35 °C, podendo ser fatal.
- Intoxicação: uso incorreto de fogareiros, lareiras e aquecedores pode gerar intoxicação por monóxido de carbono — um gás inodoro e letal.
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Dados preocupam
Entre 1997 e 2018, mais de 113 mil mortes foram atribuídas ao frio no Brasil, segundo levantamento feito em 18 cidades. O dado corresponde a 4,1% das mortes notificadas no período e revela como as baixas temperaturas impactam diretamente a saúde pública.
5 cuidados essenciais com a saúde no frio extremo
O médico Marcelo Okamura, do Grupo MED+, alerta que o corpo sofre bastante com quedas bruscas de temperatura. Por isso, a prevenção é fundamental:
- Agasalhe-se bem: use roupas em camadas, com luvas, meias, gorros e cachecóis.
- Cuidado com o aquecimento: mantenha ambientes ventilados e evite o uso de fogareiros e lareiras sem saída de ar.
- Hidrate-se: o ar seco do inverno resseca as vias respiratórias e favorece infecções.
- Alimente-se bem: refeições quentes e balanceadas ajudam a manter o corpo aquecido.
- Evite mudanças bruscas de temperatura: proteja-se ao sair de ambientes aquecidos.
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Atenção especial aos mais vulneráveis
Idosos, crianças pequenas e pessoas em situação de rua são os mais afetados. Estudos mostram que, durante ondas de frio, a mortalidade entre idosos pode aumentar entre 20% e 30%.
Além de reforçar os cuidados dentro de casa, é essencial colaborar com campanhas de doação de roupas, cobertores e alimentos para quem mais precisa.
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