O boletim médico que atualizou o estado de saúde de Fuad Noman (PSD), prefeito de Belo Horizonte, explicou que o político “foi reanimado, mas evoluiu com choque cardiogênico, necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas”. Ele segue internado em estado grave.

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O que é o choque cardiogênico

O choque cardiogênico é uma síndrome grave caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente, resultando em perfusão tecidual inadequada e hipóxia.

Ele ocorre devido a uma disfunção cardíaca grave, frequentemente associada ao infarto agudo do miocárdio (IAM), que é a causa mais comum.

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No entanto, também pode ser desencadeado por outras condições como cardiomiopatias, miocardite, regurgitação mitral aguda e complicações mecânicas do IAM, como ruptura do septo interventricular ou tamponamento cardíaco.

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Quais são os sintomas?

Os sintomas incluem respiração rápida, desmaio repentino, aumento exagerado dos batimentos cardíacos, hipotensão persistente, congestão pulmonar (dispneia, ortopneia) e sinais de baixo débito cardíaco como extremidades frias, confusão mental e oligúria.

Segundo a Sanarmed, a disfunção do miocárdio reduz o débito cardíaco, causando hipotensão e diminuição da perfusão coronária, o que piora a função cardíaca.

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Isso leva a um ciclo vicioso de congestão pulmonar, hipóxia tecidual e eventual falência de múltiplos órgãos.

Como é feito o diagnóstico do choque cardiogênico?

O diagnóstico é clínico, baseado em sinais de hipoperfusão e congestão, sem necessidade imediata de exames complementares.

Parâmetros hemodinâmicos como pressão arterial sistólica < 80-90 mmHg e índice cardíaco reduzido (< 1,8 L/min por m²) são indicativos.

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O tratamento é uma emergência médica e deve ser iniciado imediatamente. Inclui suporte hemodinâmico, como o uso de balão intra-aórtico e medicamentos para melhorar a contratilidade cardíaca, além de intervenções como angioplastia coronária em casos de IAM.

Fatores de risco

Idade avançada, histórico de hipertensão, diabetes, doença arterial coronária multiarterial e IAM prévio aumentam o risco de desenvolvimento do choque cardiogênico.

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