Mesmo quem fumar apenas dois cigarros por dia está aumentando significativamente o risco de morte precoce, alerta um novo estudo conduzido por cientistas da Johns Hopkins University.

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Pesquisadores analisaram dados de cerca de 300 mil pessoas e concluíram que reduzir a quantidade não elimina os perigos do cigarro para a saúde.

Seja fumante ocasional ou dependente, a exposição ao cigarro amplia consideravelmente os riscos de doenças graves e mortalidade precoce. Segundo os especialistas, cortar o consumo não é suficiente para proteger o corpo dos efeitos nocivos do tabaco.

Reduzir não elimina o perigo

O estudo publicado na revista científica Plos Medicine acompanhou os hábitos de mais de 300 mil adultos por duas décadas. O resultado é claro: até fumantes de baixa intensidade, aqueles que consomem entre dois e cinco cigarros por dia, estão mais vulneráveis.

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“É impressionante como fumar é prejudicial, até mesmo em pequenas doses”, disse o Dr. Michael Blaha, líder da pesquisa, ao portal The Sun. “É imperativo abandonar o cigarro o quanto antes.”

Segundo os autores, o tempo desde a interrupção total do hábito é mais relevante para a saúde do que apenas diminuir o número de cigarros diários.

Dados preocupantes para o Reino Unido

Dados do Office for National Statistics revelam que cerca de seis milhões de britânicos ainda fumam, média de 11 cigarros por pessoa ao dia. Contudo, mesmo quem pratica o hábito socialmente, com apenas um ou dois maços por semana, está sob sérios riscos.

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Veja os principais riscos apontados pela pesquisa:

  • Fumantes entre 2 a 5 cigarros por dia têm 50% mais chance de desenvolver doenças cardíacas.
  • O risco de morte precoce sobe 60% para quem mantém o consumo leve.
  • Cortar o número de cigarros sem cessar completamente não reverte os danos à saúde.

Pior do que álcool e sobrepeso

O cigarro continua sendo a principal causa evitável de morte e doença, superando o impacto negativo do excesso de peso, do álcool e de drogas combinados.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, metade dos que mantêm o hábito ao longo da vida perderá cerca de dez anos de expectativa.

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Atenção aos sintomas e riscos

Os principais motivos de óbito relacionados ao tabaco incluem câncer de pulmão, doenças pulmonares crônicas e doenças cardíacas, mas o cigarro está por trás de diversas outras condições, de acidentes vasculares cerebrais à depressão.

A cada ano, estima-se que o tabaco cause aproximadamente 74.600 mortes apenas na Inglaterra, além de gerar custos superiores a 1,9 bilhão de euros ao sistema nacional de saúde.

O conselho dos especialistas

Segundo os pesquisadores: “A principal mensagem de saúde pública para fumantes deve ser a cessação precoce, e não apenas a redução do consumo”.

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Portanto, abandonar o cigarro integralmente é a atitude mais eficaz para proteger a saúde, quanto mais cedo, melhores os resultados.

Curiosidade: fatores do vício e doenças associadas

Além de conter mais de uma dúzia de substâncias cancerígenas, o cigarro está ligado a quadros de demência, diabetes e enfermidades que afetam todos os órgãos do corpo.

  • Câncer de pulmão
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica
  • Doença cardíaca coronária
  • Acidentes vasculares cerebrais
  • Depressão
  • Diabetes

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O que dizem estudos recentes

Em 2023, a Action on Smoking reiterou que o tabagismo é responsável por um grande percentual de internações em adultos acima de 35 anos, totalizando cerca de 506 mil hospitalizações anuais na Inglaterra.

Segundo análise dos dados, “A quantidade de tempo desde a cessação completa é mais relevante à saúde do que uma diminuição da quantidade consumida por dia”, reforçou o Dr. Blaha.

A ciência é contundente: não importa se o consumo é baixo ou alto, os perigos do cigarro intimidam qualquer tentativa de negociação. O abandono total do vício é, de longe, o caminho mais seguro para garantir longevidade e qualidade de vida.

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