Um projeto em desenvolvimento promete uma verdadeira imersão científica para meninas do ensino médio em Joinville. Por meio do programa “Futuras Cientistas”, do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), as estudantes irão construir uma estação meteorológica na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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O Laboratório Integrado de Hidrologia, Hidráulica e Saneamento da UFSC Joinville foi um dos oito contemplados, na região Sul, pelo projeto. O objetivo é estimular o contato de alunas e professoras da rede pública com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática e, com isso, contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional.
— Em abril, a equipe do programa começou a entrar em contato via e-mail com professoras, pelo Brasil inteiro. Achei muito interessante a proposta e, desde lá, quis montar uma equipe totalmente feminina para receber este público — conta a professora Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira.
Como será a construção
O projeto prevê a construção de estações meteorológicas a partir de componentes eletrônicos, além da introdução do conceito IoT (Internet das Coisas), por meio da manipulação de um aplicativo para acesso aos dados.
— Este projeto permite o entendimento prático de conceitos hidrológicos, que futuramente podem ser vistos em uma graduação, mas que também já são vistos no ensino médio — conta.
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A professora explica que o kit que será recebido para as atividades é composto por sensores de temperatura, pressão atmosférica, qualidade do ar e detecção de chuva, além de outros componentes eletrônicos. A ideia é que as estudantes tenham um período de ambientação com conceitos introdutórios de programação, eletrônica e hidrologia, para entender como montar a estação e também entender o que ela estará medindo.
— Após isso, realmente entraríamos em um período ‘mão na massa’, montando as estações, todo mundo junto. Depois disso, faremos medições e interpretações destes dados. Os dados vão poder ser visualizados com a criação de um aplicativo — comenta.
A equipe terá, ainda, uma representante do curso de engenharia civil de infraestrutura, como uma do curso de engenharia mecatrônica, que atuarão como monitoras. As estudantes e professoras do ensino médio inscritas receberão apoio financeiro do projeto para participar.
O cronograma de trabalhos já foi definido pelo edital do Programa Futuras Cientistas. A imersão científica 2026 inicia no dia 5 e encerra no dia 30 de janeiro do próximo ano. No caso deste projeto, as atividades serão presenciais, no período matutino de segunda a sexta.
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Presença feminina na ciência
Apesar do plano de trabalho começar somente em janeiro de 2026, Amanara se preocupou desde já em indicar mulheres para a execução, com duas estudantes como monitoras, uma professora e uma engenheira. A equipe terá a missão de receber, orientar e sensibilizar as “futuras cientistas”.
— Esta experiência desperta o interesse das alunas e professoras para as áreas de hidrologia, eletrônica e programação e ainda proporciona uma aproximação com o ambiente da universidade pública — destaca.
Além da professora Amanara, que é a pesquisadora responsável, fazem parte do projeto a professora Simone Malutta, a engenheira Franciele Maria Vanelli e as estudantes Gabriella Arevalo Marques e Camille Andreski Pan.
Antonietas
Antonietas é um projeto da NSC que tem como objetivo dar visibilidade a força da mulher catarinense, independente da área de atuação, por meio de conteúdos multiplataforma, em todos os veículos do grupo. Saiba mais acessando o link.
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*Sob supervisão de Leandro Ferreira
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