O valor médio gasto pelos catarinenses com gás de cozinha e produtos da cesta básica representa 67,6% do salário mínimo, que desde o dia 1º de maio está em R$ 1.320. No mesmo período do ano passado, os itens consumiam 71,6% do subsídio, conforme levantamento do NSC Total.

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O cálculo foi feito com base na pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que calcula o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), e a pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que calcula o preço da cesta básica em Florianópolis.

Entre 7 e 13 de maio, o preço médio do botijão de 13 quilos do gás de cozinha em Santa Catarina foi de R$ 123,14, conforme a ANP. Já o valor médio dos 13 itens que compõem a cesta básica na capital de SC chegou a R$ 769,35, segundo o Dieese. Juntos, os produtos somam R$ 892,49.

Aumento do poder de compra

No último ano, houve queda de 4% no percentual que a cesta básica e o gás de cozinha representam do salário mínimo em Santa Catarina. Isso deve, principalmente, ao aumento do mínimo de R$ 1.212 para R$ 1.320, como explica o economista Alison Fiuza.

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— A situação financeira das famílias está reduzindo as perdas que ocorreram no ano anterior. Há fatores positivo que estão contribuindo para essa certa estabilidade, como a recomposição do salário mínimo acima da inflação e a estabilidade dos preços de alimentos, sobretudo, comparado aos aumentos expressivos de preço que ocorreram em abril do ano passado — explica o economista.

Exemplo disso foram as altas do leite longa vida (10,31%), batata inglesa (18,28%), tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%) e pão francês (4,52%), que desaceleraram neste ano.

Esses fatores aumentam o poder de compra dos consumidores. Por outra lado, o alto endividamento e a crescente inadimplência das famílias ainda pesam. Em um cenário de juros elevados, o não pagamento das contas, como vem ocorrendo nos últimos meses, resulta em mais dívidas, comprometendo o orçamento familiar.