Em um comunicado nesta sexta-feira (6), a Gol Linhas Aéreas anunciou que concluiu o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos (EUA). No dia 21 de maio, a Justiça norte-americana tinha aprovado o plano de reestruturação da companhia aérea, que já planejava encerrar em junho o Chapter 11 — ferramenta semelhante ao processo de recuperação judicial, no Brasil. As informações são do O Globo.
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O processo foi supervisionado pelo Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York (NY).
Azul aciona “Chapter 11” em pedido de recuperação judicial nos EUA; entenda
A ação da Gol (GOLL4) encerrou em queda de 13,39%, a R$ 1,10, após o fechamento do pregão regular na Bolsa de Valores, às 17h.
Celso Ferrer, diretor-presidente da Gol, disse no comunicado que a empresa está “significativamente” mais forte e pronta “para aproveitar as oportunidades que vemos no horizonte”.
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“Racionalizamos nossa frota, otimizamos nossos custos, redesenhamos nossa malha, aprimoramos nosso foco operacional e impulsionamos nossa eficiência administrativa, o que, apoiado em uma sólida preferência do cliente, demanda robusta e um plano de cinco anos que trará mais investimentos na experiência do cliente, bem como novas rotas, nos permitirão continuar a impulsionar nosso sucesso”, afirmou Ferrer, em nota.
Durante o processo, a companhia aérea levantou US$ 1,9 bilhão em financiamento de saída. O recurso é utilizado para liquidar o financiamento DIP, oferecido para empresas em recuperação judicial — além de ajudar na liquidez da empresa após o fim do Chapter 11.
Depois da recuperação, a Gol também reduziu a alavancagem.
“Com balanço reforçado, a GOL está bem-posicionada para investir ainda mais na experiência do cliente e na expansão da malha”, continua o comunicado.
A empresa também aprovou, por meio de Assembleia Geral Extraordinária (AGE), o aumento de capital da companhia através de uma capitalização total de créditos de cerca de R$ 12 bilhões.
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O aumento ocorreu pois a reestruturação previa que parte do endividamento da empresa — até cerca de US$ 1,6 bilhão de sua dívida financiada antes do processo e até US$ 850 milhões de outras obrigações — fosse reduzido pela conversão das dívidas em ações.
*Sob supervisão de Vitória Loch
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