Mesmo sem casos suspeitos de gripe aviária, o Estado de Goiás decretou situação de emergência zoossanitária como forma de prevenção. O decreto, publicado na última sexta-feira (16), tem validade de 180 dias e tem como objetivo o alinhamento das medidas estaduais com as federais para tornar a movimentação de recursos cada vez mais ágil. Além disso, também serão implementadas ações imediatas se algum caso for confirmado em Goiás, de acordo com o governo estadual.

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Esta é a segunda vez que Goiás decreta situação de emergência zoossanitária de forma preventiva para diminuir o risco da gripe aviária no Estado. Em agosto de 2023, o governo estadual publicou um decreto que também valeu por 180 dias, mas foi prorrogado algumas vezes.

De acordo com o Estado, o decreto também vai permitir que instituições públicas e privadas ampliem as medidas de biossegurança e controle sanitário. O presidente da agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, conta que Goiás tem um “papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia com ações rápidas e coordenadas”.

Isso porque a avicultura brasileira produziu cerca de 15 milhões de toneladas de carne de frango, conforme o governo estadual. Com o decreto, o Estado presta suporte técnico, logístico e financeiro para ações emergenciais, como o fortalecimento institucional e o monitoramento contínuo, a proteção à saúde humana e animal, conforme os princípios da Saúde Única, e o mantimento da estabilidade econômica e comercial do setor avícola goiano.

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Casos de gripe aviária no Brasil

O primeiro caso registrado foi em Montenegro, no Rio Grande do Sul, na última quinta-feira (15). Quatro dias depois, já estão em investigação outros dois casos suspeitos de gripe aviária em granjas comerciais, incluindo em Ipumirim, município catarinense, e outro em Aguiarnópolis, no Tocantins.

Já em relação a produções familiares para subsistência, o Rio Grande do Sul, Sergipe, Ceará e Mato Grosso também estão sendo investigados.

Após o caso de Montenegro (RS) na quinta-feira, Santa Catarina adotou medidas para proteger o Estado e promover segurança aos países importadores. Em uma nota técnica publicada no sábado (17) pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) de Santa Catarina, em conjunto com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), o Estado proíbe a entrada de aves e ovos de 12 municípios do Rio Grande do Sul. 

O veto se aplica às cidades gaúchas de Cachoeirinha, Canoas, Capela Santana, Esteio, Gravataí, Montenegro, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Triunfo.

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Ainda segundo a nota, todas as cargas autorizadas a ingressar no Estado, oriundas do Rio Grande do Sul, deverão obrigatoriamente passar por desinfecção nos Postos Fixos de Fiscalização (PFFs), sob responsabilidade do Serviço de Defesa Sanitária Animal de Santa Catarina.

As medidas de segurança consideram a publicação da Portaria MAPA nº 795, de 15 de maio de 2025, que declara estado de emergência zoossanitária, pelo prazo de 60 dias, em decorrência da detecção de gripe aviária.

A Secretaria e a Cidasc consideram o momento de atenção máxima, por conta da relevância econômica e social da avicultura para Santa Catarina. Novas medidas podem ser anunciadas pela Cidasc conforme a evolução do cenário, com o intuito de proteger a avicultura catarinense.

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