Luísa Barros, uma mulher em tratamento contra um câncer no fígado, foi brutalmente agredida pelo marido com um pedaço de madeira dentro de casa, em Recife. O agressor, que é sargento reformado da Polícia Militar (PM), foi preso preventivamente.
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A vítima relatou o episódio ao Fantástico no último domingo (14) e afirmou ter gritado “com toda a força que tinha na alma” para conseguir sobreviver. A mulher foi socorrida após os gritos serem ouvidos por um vizinho do andar de cima.
Márcio correu até o apartamento e encontrou a Luísa ensanguentada no chão, enquanto o marido tentava justificar as lesões dizendo que ela teria batido a cabeça.
Mesmo gravemente ferida, ela conseguiu apontar o agressor e pedir ajuda. Segundo o vizinho, o olhar e as mãos estendidas da vítima foram decisivos para que ele a retirasse do local e a levasse até o pronto-socorro. Ela deu entrada no hospital quase duas horas após sofrer as agressões, chorando, com muito sangramento e múltiplas fraturas na cabeça e no rosto.
O nariz foi quebrado, ela perdeu três dentes e ainda será submetida a avaliação oftalmológica para verificar possível comprometimento da visão. Não há previsão de alta.
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Agressor usou objeto de madeira para golpear vítima
As agressões aconteceram após 22 anos de convivência. De acordo com o relato, o ataque começou quando Luísa se abaixou para pegar uma caixa de remédios que havia caído embaixo da geladeira. A mulher contou que levou vários golpes seguidos e caiu de costas no chão, sem entender o que estava acontecendo.
Em depoimento, a vítima disse que chegou a pedir ajuda ao próprio agressor, mas percebeu que ele segurava um objeto de madeira e continuava com os golpes.
O agressor, Numeriano Luiz de Sá, é ex-secretário de Esporte e Lazer do município de Calumbi, em Pernambuco, e sargento reformado da PM. Ele está preso preventivamente.
Em nota, a defesa de Numeriano “pediu que o histórico de integridade dele seja considerado e solicitou serenidade para que se aguarde a conclusão do inquérito policial, evitando-se julgamentos precipitados”.
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Luísa se recupera ao lado da família e recebe apoio psicológico e acompanhamento de advogadas especializadas em violência contra a mulher.
— Eu acho assim que às vezes o relacionamento acaba e a gente permanece no relacionamento. Tenha coragem, se conseguir identificar isso, saia, saia antes — finaliza Luísa.
