Um homem de 61 anos foi indiciado por injúria racial depois de falar que o cabelo de uma funcionária da Celesc parecia um bombril. O caso, que ocorreu em setembro deste ano, foi flagrado por câmeras de videomonitoramento, segundo a Polícia Civil.

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De acordo com as investigações, a vítima, de 16 anos, trabalhava como jovem aprendiz no balcão de atendimento da agência, quando o suspeito disse que o cabelo dela parecia um “bombril” e perguntou a jovem se ela não tinha vergonha e se riam dela na escola por conta disso. Ele, inclusive, teria feito gestos, que foram captados pelo sistema de videomonitoramento da agência. (veja o vídeo abaixo)

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Ainda segundo o inquérito, que foi finalizado nesta quinta-feira (24) pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância da DEIC, a situação causou danos emocionais à vítima, que já vinha passando por situação de vulnerabilidade por conta de problemas familiares.

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Após a investigação, o inquérito foi encaminhado à Justiça e, agora, será analisado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que decidirá se irá ou não oferecer denúncia contra o homem.

O suspeito segue em liberdade, segundo a polícia. Ele foi indiciado pelos crimes de injúria racial majorada e violência psicológica contra a mulher.

Em nota, a Celesc alegou que não compactua com a atitude e que “repudia qualquer forma de discriminação ou preconceito, conduta reforçada em sua Política de Diversidade e Inclusão” e “manifesta seu apoio e solidariedade à vítima e reafirma seu compromisso institucional com a promoção da igualdade étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, repudiando toda e qualquer manifestação de preconceito para com negras, negros, indígenas, quilombolas, mulheres, comunidades LGBTQIA+, pessoas em situação de deficiência e grupos sociais historicamente discriminados”.

Confira a nota:

Em relação à investigação conduzida pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância da DEIC, que resultou no indiciamento de um consumidor de 61 anos pela prática dos crimes de injúria racial majorada e de violência psicológica contra a mulher, a Celesc informa que a vítima faz parte do Programa Jovem Aprendiz da Celesc e trabalhava no balcão de atendimento de uma agência.

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Mesmo não sendo parte deste Inquérito Policial, ao tomar ciência do ocorrido, a Empresa não mediu esforços para fazer os encaminhamentos devidos, a fim de que situações semelhantes não tornem a ocorrer. A Celesc não compactua e repudia qualquer forma de discriminação ou preconceito, conduta reforçada em sua Política de Diversidade e Inclusão. A Companhia manifesta seu apoio e solidariedade à vítima e reafirma seu compromisso institucional com a promoção da igualdade étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, repudiando toda e qualquer manifestação de preconceito para com negras, negros, indígenas, quilombolas, mulheres, comunidades LGBTQIA+, pessoas em situação de deficiência e grupos sociais historicamente discriminados.

A Celesc aderiu ao Programa Jovem Aprendiz em 2006 e, desde então, quase dois mil adolescentes tiveram sua primeira experiência de trabalho na Empresa. O Jovem Aprendiz funciona em ciclos de dois anos, oferecendo oportunidade de emprego, renda e reforço escolar para jovens de baixa renda que vivem em situação de vulnerabilidade social e oriundos prioritariamente de casas lares“.

Veja o vídeo:

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