Um homem investigado por prática de crimes sexuais contra crianças e adolescentes em ambiente doméstico, em Florianópolis, no ano de 2019, foi preso em Coimbra, capital de Portugal, nesta terça-feira (12). A prisão foi realizada pela Polícia Federal (PF) em cooperação jurídica internacional com a Polícia Judiciária de Portugal.
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Segundo a PF, o investigado tinha um mandado de prisão em aberto e constava com o nome na lista de difusão vermelha da Interpol — a partir das investigações iniciadas pela polícia nos últimos dois meses.
Além da prisão, a polícia portuguesa também cumpriu um mandado de busca domiciliar e, na ocasião, encontrou diversos arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil armazenado em mídias digitais e na nuvem. Por conta disso, a prisão foi feita em flagrante.
Simultaneamente, no Brasil, foi cumprido também um mandado de busca e apreensão em Palhoça, na Grande Florianópolis, com o objetivo de coletar provas e reconstruir a dinâmica dos crimes praticados pelo suspeito.
Investigado continuou acessando os materiais
A investigação teve início na Coordenação de Repressão a Crimes Cibernéticos Relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil da Polícia Federal, a partir de relatórios enviados pelo National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC) e pela Homeland Security Investigations (HSI) dos Estados Unidos, que indicaram o uso de plataformas digitais para o armazenamento de material de abuso sexual infantil.
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A análise técnica, de acordo com a polícia, revelou a existência de 1.886 arquivos digitais, dos quais 471 apresentavam indícios de produção própria do homem, com registros que apontam para a atuação direta dele.
Os crimes mais graves atribuídos ao suspeito envolvem a prática reiterada de estupro de vulnerável, com duas vítimas já identificadas. Os abusos ainda foram registrados em vídeo pelo próprio autor, que posteriormente armazenou os arquivos na nuvem.
A PF ainda identificou que o investigado deixou o Brasil em novembro de 2022, com destino à Europa, conforme registro oficial de saída migratória. As diligências apontam ainda que, mesmo após a mudança para o exterior, o investigado continuou acessando e armazenando os arquivos de abuso sexual em Portugal.
As investigações e a cooperação internacional continuam, a fim de apurar outros possíveis crimes cometidos, de acordo com a polícia.
*Sob supervisão de Giovanna Pacheco
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