O Hospital de Caridade, em Florianópolis, informou nesta terça-feira (4) que está sem condições de receber novos pacientes no pronto-atendimento por falta de insumos. A situação ocorre em meio à pandemia de coronavírus.
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O comunicado foi feito pelo diretor-técnico, o médico João Batista Bonasssis Jr. O hospital filantrópico, no Centro da Capital, é considerado o mais antigo do Estado e atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também por convênios.
Em documento enviado às secretarias de Estado e Municipal de Saúde, o diretor-técnico informou que o pronto-atendimento da unidade deixou de funcionar a partir das 18h de terça-feira, inclusive para casos de urgência e emergência.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do hospital, que declarou que a direção não vai se manifestar sobre o assunto no momento.
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O secretário de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva, afirmou que foi comunicado sobre a suspensão de atendimentos e que atua para tentar resolver a situação. Nesta quarta-feira (5), os pacientes que precisam de assistência no local estão sendo encaminhados a outros hospitais da cidade.
Segundo o secretário, o principal problema é a falta de estoque de insumos para manter as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), como anestésicos utilizados para intubação de pacientes com coronavírus que precisam de ventilação mecânica.
— A informação que temos é que os estoque que o hospital tem desses insumos é suficiente apenas para mais um dia, para os pacientes que já estão internados e sedados na unidade — informou o secretário.
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Ainda de acordo com ele, uma remessa de insumos já foi adquirida e o envio pelo Ministério da Saúde é aguardado. O secretário afirmou que o governo federal garantiu que os insumos chegariam a Santa Catarina nesta quarta. Eles serão encaminhados à Secretaria de Estado de Saúde (SES), que fará a distribuição entre os hospitais do Estado, informou Carlos Alberto.
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A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da SES, mas não recebeu retorno até esta publicação.
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— No momento em que uma instituição tem essa pressão é muito ruim, é uma situação muito complicada, que precisamos resolver logo. Se os medicamentos chegarem a partir de hoje (quarta) a situação se estabiliza. Caso contrário, vamos começar a ter problemas também em outros hospitais da cidade — afirmou o secretário de Saúde de Florianópolis.