Figura conhecida em Blumenau, o humorista sargento Junkes esteve neste ano na maior Oktoberfest do mundo, em Munique, na Alemanha. Agora, tem “batido o ponto” na 40ª edição da versão blumenauense do evento, onde comanda a tradicional brincadeira do chope em metro. E, com tanta experiência e a memória recente da viagem à Europa, é capaz de opinar: há uma Oktoberfest melhor em comparação com a outra, na opinião dele.
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Antes do veredito, ele pontua as principais diferenças entre a maior festa alemã do mundo e a maior das Américas: primeiro, o tempo de existência. Enquanto a de Blumenau está comemorando 40 edições em 2025, a da Alemanha tem mais de 200 anos. Ela surgiu em 1810 para celebrar o casamento do príncipe Ludwig da Baviera com a princesa Teresa de Saxe-Hildburghausen. A festança foi tão boa que o casal passou a repeti-la anualmente até que virou tradição.
Oktober de Munique X de Blumenau
O espaço onde a Oktoberfest de Munique ocorre é muito maior em comparação ao tamanho do Parque Vila Germânica em Blumenau. São 14 tendas do tamanho de um pavilhão e 21 tendas menores. Todas são decoradas pelas cervejarias responsáveis, que precisam obrigatoriamente ter nascido em Munique, descreve Junkes. E detalhe: a estrutura é montada anualmente do zero. Diferente da Vila Germânica, que pode ser visitada todos os meses do ano, as tendas que dão vida à Oktoberfest da Alemanha só são vistas na época da festa.
Para se ter uma noção, enquanto o público simultâneo da Oktoberfest Blumenau é de 40,7 mil, a lotação na Alemanha ocorre quando se atinge a marca de 300 mil pessoas. Nas tendas não há área para dançar, diferente do que ocorre na maior cidade do Vale do Itajaí — muito menos coreografias para as diversas canções. Ainda assim, as pessoas curtem as músicas ao lado ou até em cima dos bancos e mesas.
Outra diferença é a forma de pagamento: em Blumenau o Oktober Karte é a moeda da festa. Na Europa, só é aceito dinheiro em espécie. Com a cultura da gorjeta, um chope sempre acaba custando um pouco mais caro do que realmente é, revela o humorista. Ainda sobre gastos, não é cobrado ingresso na Oktoberfest original, independentemente do dia da semana. Para se aventurar nos brinquedos do gigantesco parque de diversões, porém, é preciso pagar entre quatro e cinco euros.
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Já as tradicionais brincadeiras gratuitas, como o chope em metro e outras, Junkes não observou em Munique.
Veja fotos e vídeo de Junkes na Alemanha
Lá, a festa começa e acaba cedo. Antes das 23h os portões já estão fechados. Na entrada, os vigilantes exigem que bolsas sejam abertas para vistoria, mas nada comparado ao forte esquema de segurança da Oktoberfest em Blumenau. Esse ponto, inclusive, deixa claro que a versão alemã pode aprender com a irmã brasileira, e não só o contrário.
— Como a nossa segurança e a limpeza não tem nada igual. Lá você vê mais lixo no chão, bem diferente daqui — comenta Junkes.
O desfile, que ocorre apenas uma vez (na abertura do evento), dura mais de quatro horas, o que faz com que muitos desistam de assistir até o final. E, obviamente, não tem a alegria e a criatividade da versão brasileira. Parece mais um desfile cívico, comenta o humorista.
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Dito tudo isso, ficou fácil adivinhar a opinião do “sargento”, né?!
— Nós chegamos à seguinte conclusão: A Oktoberfest da Alemanha é a maior, fato. Mas a melhor é a nossa, que tem o “molho” brasileiro — avalia sem rodeios.






