Os curativos nos braços e pernas de dona Gertrudes Wust, de 84 anos, e do marido dela, seu Henrique, de 88, são o resultado de um ataque brutal. O casal estava no pátio de casa na manhã desta segunda-feira (17) quando dois cachorros da raça pitbull derrubaram o portão do imóvel da família e os atacaram. Lipe, um poodle, mascote da idosa, foi morto pelos cães.
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Dona Gertrudes não segura as lágrimas ao lembrar de como o fiel companheiro perdeu a vida. O filho José conta que a mãe adorava Lipe — o pet, inclusive, dormia com ela. Na hora do ataque, o cachorro estava ao lado da tutora, que cuidava das cebolinhas no jardim. Instintivamente, ao ver os pitbulls atacarem o mascote, a idosa pegou um pedaço de madeira e bateu nos cães para que soltassem o poodle.
Na garagem arrumando uns azulejos, seu Henrique correu para ver a situação e acabou ferido também. Ele conseguiu pegar uma faca na cozinha e golpeou os dois cães enquanto um deles estava preso em seu braço. Só assim conseguiram cessar o avanço dos pitbulls. Outra gravação mostra quando a dona dos cães, uma vizinha próxima, tenta colocar os animais nas guias e levá-los para casa.
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Reincidência
Segundo a família Wust, esta não foi a primeira vez que os cachorros da moradora atacaram outros pets da Rua Antônio Francisco de Oliveira, no bairro da Glória. O filho mostra, inclusive, um boletim de ocorrência de junho de 2024, quando os pitbulls entraram na residência e morderam outros dois cães da família, que conseguiram sobreviver graças à ação rápida dos tutores.
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José diz que os cachorros da vizinha seriam vítimas de maus-tratos e apanham com frequência. Ele tenta que as autoridades retirem os animais dos atuais donos. A Polícia Civil esteve na residência e vai apurar o caso como lesão corporal e omissão de cautela. Os pitbulls ficaram na casa dos tutores em quarentena porque não têm vacina contra raiva.
A prefeitura disse que eles serão notificados pela Diretoria de Bem-Estar Animal.
No imóvel dos donos dos pitbulls a polícia encontrou várias gaiolas contendo pássaros nativos, todos sem anilha, em condições deploráveis e arapucas usadas para captura ilegal de aves.
Diante da constatação de maus-tratos, os pássaros apreendidos foram encaminhados ao Hospital Veterinário da Unisociesc para cuidados médicos e foi lavrado outro termo circunstanciado.
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