A Lagoa do Peri, localizada no Sul de Florianópolis, teve a bandeira azul retirada do mastro após o último teste de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA/SC), divulgado na terça-feira (3), indicar que a água está imprópria para banho. Esta é a primeira vez que o local tem resultado negativo desde maio de 2018. Com informações do g1 SC.
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A retirada da bandeira ocorreu nesta segunda-feira (10). Agora, Florianópolis tem 10 dias para solucionar o problema para não perder o selo internacional, que reconhece a qualidade da água, entre outros critérios como gestão ambiental, educação ambiental, segurança e turismo sustentável.
Próximos passos
De acordo com o Programa Bandeira Azul, o Instituto Ambientes em Rede, que coordena o projeto no Brasil, aguarda os novos testes de qualidade da água feitos pelo IMA para avaliar a situação com mais detalhes.
Caso os novos testes confirmem que a água está imprópria para banho, a certificação do selo da Bandeira Azul pode ser revogada para a temporada 2024/2025.
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O local faz parte do Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri (MONA Lagoa do Peri) e inclui uma área de preservação de 4.274 hectares, que inclui ecossistemas como vegetação restinga e floresta ombrófila densa.
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O selo da Bandeira Azul foi implementado na temporada de 2009/2010 no Brasil. Desde então, a Lagoa do Peri recebeu o reconhecimento nas seguintes temporadas:
- 2015/2016
- 2016/2017
- 2018/2019
- 2019/2020
- 2020/2021
- 2022/2023
- 2023/2024
- 2024/2025
Em junho de 2021, a lagoa perdeu o selo da Bandeira Azul. Na temporalidade de 2021/2022 o critério de qualidade não foi renovado porque, segundo o programa, não foram entregues as documentações necessárias.
Para conquistar a bandeira na nova temporada, o município deve apresentar em maio o histórico de balneabilidade dos últimos quatro anos. Com isso, o Programa Bandeira Azul faz o cálculo da média do período apresentado e determina se a praia ou lagoa está apta para conquistar o selo ou não.
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“O monitoramento deve ser feito ao longo da temporada e se houver alteração a bandeira deve ser abaixada. Além de abaixar a bandeira, os resultados ruins podem comprometer a aprovação para o ano seguinte”, informou o Programa Bandeira Azul ao NSC Total.
Veja fotos da Lagoa do Peri
Por que a água da Lagoa do Peri está imprópria para banho?
Em nota ao NSC Total (veja abaixo), a prefeitura de Florianópolis disse que o problema de balneabilidade na Lagoa do Peri é “reflexo das chuvas intensas dos últimos dias”.
“Em casos como esse, é necessário aguardar novas coletas para que a situação seja reavaliada de forma precisa. A Lagoa do Peri, por se tratar de uma Unidade de Conservação, recebe atenção constante do município para garantia da sua preservação e segurança”, diz a nota.
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O que significa água imprópria para banho
Uma praia é considerada imprópria para banho quando a água está contaminada com a bactéria Escherichia coli, presente nas fezes de humanos e animais. As normas seguidas pelo IMA são estabelecidas em todo o Brasil pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
O ponto é considerado impróprio quando, em mais de 20% de um conjunto de amostras coletadas nas últimas cinco semanas, o resultado é superior a 800 Escherichia coli por 100 mililitros; ou quando, na última coleta, o resultado é superior a 2.000 Escherichia coli por 100 mililitros
Veja a nota da prefeitura na íntegra
A Prefeitura de Florianópolis, através da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, esclarece que as recentes análises do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) sobre a balneabilidade na Lagoa do Peri e a praia de Ponta das Canas são reflexo das chuvas intensas dos últimos dias, que impactam diretamente a qualidade da água em diversos pontos da cidade.
Em casos como esse, é necessário aguardar novas coletas para que a situação seja reavaliada de forma precisa. A Lagoa do Peri, por se tratar de uma Unidade de Conservação, recebe atenção constante do município para garantia da sua preservação e segurança. Na Ponta das Canas, o cuidado com as boas condições de balneabilidade também é imperativo, uma vez que a região é foco de ações de fiscalização contra a presença de poluentes.
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