Foram enviados convites para 11 governadores de estados brasileiros comparecerem ao colegiado da Comissão Parlamentar de Inquérito do Crime Organizado (CPI), instalada nesta terça-feira (4). Entre os chefes de estado, está o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). O convite foi feito pelo relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-PE), para os governadores dos estados mais e menos seguros.
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O convite segue os indicadores do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Fórum Nacional de Segurança Pública. O Estado catarinense está no âmbito dos estados considerados mais seguros, de acordo com o requerimento, assim como Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Ao lado de Jorginho Mello, também deve comparecer o secretário de Segurança Pública, Flávio Graff.
Já do lado dos estados considerados menos seguros, foram convidados os governadores e secretários de Segurança do Amapá, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas. Como exceções, estão os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que são “base original das principais facções criminosas do Brasil”, de acordo com relator Alessandro Vieira.
“Requeiro que sejam convidados a comparecer a esta comissão, a fim de, em conjunto com a sua equipe técnica das áreas de inteligência, investigação e sistema prisional, apresentar sua visão sobre o crime organizado no Brasil e a sua experiência própria”, diz o relator no pedido para a formalização dos convites.
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De acordo com um levantamento anual realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), Santa Catarina se consolidou como referência nos pilares de Segurança Pública e Capital Humano no ranking de Competitividade dos Estados 2025, ficando em primeiro lugar neste dois pilares. Outro indicador importante apontado no Anuário Brasileiro de Segurança Pública é a taxa de mortes violentas intencionais. Neste quesito, Santa Catarina teve o segundo menor patamar do país em 2024.
Informações sobre crime organizado
O relator também solicitou a presença do o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandoviski; o ministro da Defesa, José Múcio; além do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues; e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Corrêa, além de outros representantes dos órgãos de segurança do governo federal para obter informações sobre o combate ao crime organizado.
Especialistas em segurança pública, pessoas com “notória experiência” e comunicadores também serão ouvidos pela CPI, de acordo com um requerimento já aprovado. O promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo Lincoln Gakiya está entre os convidados, além do diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima; e os professores e pesquisadores Joana da Costa Martins Monteiro e Leandro Piquet Carneiro.
Os jornalistas Josmar Jozino, Rafael Soares e Cecília Olliveira, além de Bruno Paes Manso, Allan de Abreu e Rodrigo Pimentel, também foram convidados.
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Outro requerimento envolve pedidos de informações sobre o controle de armas e relatórios sobre facções criminosas ou milícias, direcionados aos ministérios da Segurança Pública e da Defesa
A comissão foi instalada nesta terça-feira (4) e tem como objetivo produzir um diagnóstico sobre o crime organizado no país.
*Com informações da Agência Brasil

