O inquérito que investiga a denúncia de um estupro coletivo em Joinville foi concluído pela Polícia Civil nesta quarta-feira (23) após ficar mais de um ano parado. O caso teria acontecido em outubro de 2019, mas se tornou público no último fim de semana após a vítima publicar os detalhes em uma rede social.
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Segundo a delegada regional de Joinville, Tânia Harada, a investigação demorou porque um dos investigados pediu o direito ao foro privilegiado e o inquérito precisou ser remetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Harada afirma que o inquérito ficou parado de dezembro de 2019 até abril de 2021 para que a competência da investigação fosse resolvida. O procedimento retornou à Polícia Civil apenas depois da autorização do STJ para prosseguimento das investigações, com prazo para conclusão até julho.
A Polícia Civil e a 1ª Vara Criminal de Joinville informaram que não podem passar detalhes do caso porque a investigação é sigilosa, por se tratar de crime sexual. Por isso, não há informações se o crime foi confirmado a partir da investigação e se houve alguém indiciado.
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Vítima relatou detalhes nas redes sociais
No último fim de semana, a vítima publicou nas redes sociais que tinha 20 anos na época do crime e estava com amigos em uma casa noturna na região central de Joinville. Segundo ela, a suspeita é de que tenha sido dopada por um homem que foi apresentado por uma conhecida.
A jovem registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil contra dois suspeitos de envolvimento no caso. Na rede social, a vítima explica que levou quase dois anos para se sentir “confortável” em relatar o caso.
– Foram quase dois anos que eu levei para passar por cima de toda a vergonha, de toda a sensação de culpa, de todos os transtornos que isso me causou e ter a força para estar aqui contando para vocês – relatou.
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